Tem gente que acha que acontecimentos pessoais, grandes, não
têm preço. Se é que um “acontecimento pessoal” pode ser “grande”. Prazeres
grandiosos, conquistas invejáveis... mas será que essas e outras são mesmo o
que, de fato, não tem preço?
Pra mim, certamente não. Aprendi a valorizar coisas simples
e a amar cada uma delas. Valorizar mesmo, amar de verdade.
Como todo mundo, vivo em busca. São objetivos, alguns
simples, outros nem tanto. Viagens, compras, mudanças, crescimentos, aquisições
e mais um montão de metas, que não vêm ao caso.
Só que independentemente de cada um desses objetivos, que,
com certeza, pra cada um são objetivos que, após alcançados, não têm preço, eu
vivo, todos os dias, acontecimentos que não têm preço pra mim. E são fatos
corriqueiros, que qualquer ser humano normal tem.
Quer exemplos? Sim, sim, eu já imaginava. E não, não quero
críticas. São sem preço pra mim e pronto.
Pra começo de conversa, chuva. Chuva me fascina. Adoro. E
adoro fazer tudo na chuva: trabalhar, ficar em casa, cozinhar, dormir, ler,
fazer nada. Na minha vida, dias de chuva simplesmente não têm preço. Ainda mais
se eles vêm após longos períodos de seca, como aconteceu há pouco tempo. Não,
não tem preço.
Trabalhar. Não tem preço. Ficar sem fazer nada não tem
preço. Ler, ler, ler, ler não tem preço.
Estar dormindo e o Devan deitar. Não tem preço. E se depois
de ele deitar, uma olhadinha no relógio indicar que ainda faltam quatro horas
de sono até o despertador tocar, aí não tem jeito mesmo. É sem preço e sem
discussão.
Pão quente, água gelada, suco de laranja. Cada um em seu
momento, nenhum deles tem preço.
Unha feita, do pé e da mão. Ih... não tem preço. Poder
exibi-las então...
Filmes, gargalhadas, comida fresca. Vai dizer que tem preço
pra você? Duvido.
Amigos chegados... na minha vida são sem preço. Cada um
deles e tudo o que eles me proporcionam: conversas, sorrisos, choros, saídas,
conversas fúteis.... tudo isso... nada tem preço. Não mesmo. Nem em pensamento.
Achar uma nota de 50 reais no bolso do casaco que eu não
pego há seis meses. Hum... tem preço? Conversas ao telefone, viagens curtas,
passeios, natureza. Tudo o que todo mundo tem, o tempo todo, pra mim, são
prazeres inenarráveis. E não, não têm preço.
Fotografia. Ai, Deus, não tem preço.
Louvor e adoração. De todos, o maior prazer da minha vida.
Estar na casa do Senhor, idem.
Descobrir amigo que há muito estava “perdido”... eita coisa
boa. Certeza que, pra todo mundo, isso não tem preço.
Realizar um sonho... não, não tem preço.
Coisas simples, que todo mundo tem, mas muitos se esquecem.
Muitos se desligam dos pequenos prazeres e buscam outras coisas que podem,
também, não ter preço. Mas como essas que eu citei aí... acho difícil.
Obrigada, Deus, pela vida cheia de coisas inacreditavelmente
sem preço.
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