terça-feira, setembro 30, 2014

A chatice dos grupos...

Sou da era tecnológica. Não cresci sendo assim, mas me transformei. Já falei sobre isso, há pouco tempo, inclusive. Virei alguém ligada à tecnologia por força do meio. Trabalho com Comunicação, lido com comunicadores, meus amigos, meus pais e o resto do mundo me impulsionaram para essa realidade. Não tive escolha. Cá estou eu.
Na internet, que é só parte dessa “era tecnológica”, considero-me presente. E assídua. Um perfil no Facebook, um no Twiter, um no Instagram, um no WhatsApp e um no Line, além de um blog. Isso sem falar nas fanpages e sites de clientes, que cabe a mim a administração e atualização. Ta de bom tamanho.
ra alguns, um certo exagero (até pra mim, agora, vendo a lista pronta, me pareceu muito). Pra outros, mais presentes que eu nessas tais redes sociais, minha lista pode parecer fichinha.
Essa minha presença comum não me incomoda. Ao contrário, lido bem com cada um delas. Sem exageros. Elas não me escravizam, não vivo por elas. Nem pra elas.
O caso é que, mesmo assim, algo anda me incomodando. A cada dia mais. São os tais grupos do WhatsApp. Não, não tem nada a ver com o toque de aviso de mensagem, até porque os meus grupos já foram silenciados há tempos. Tem a ver com a falta de noção das pessoas.
E eu explico.
Um grupo criado para a troca de informações profissionais tem o objetivo de trocar informações profissionais. Nenhum outro. Certo? Sim, tinha que ser, mas não é. Percebi que qualquer grupo do mundo inteirinho, que tenha membros, não se restringe a sua função inicial. E é isso o que me incomoda tanto.
Faço parte de um grupo criado pela Polícia Militar para o envio de informações sobre ocorrências policiais a jornalistas de todo o estado do Rio. Até aí, tudo bem. Pelo menos tinha que estar tudo bem. E estaria, não fosse o que virou o grupo. De cinco em cinco segundos (isso mesmo, segundos), um dos membros compartilha uma figura, um um beijo ou um abraço, uma piada e mais uma pá de coisas. Não consigo entender a necessidade que as pessoas têm de aparecer, de se mostrar.
Dia desses alguém informou ao grupo que, dois dias depois, seria seu aniversário. “Quero parabéns!”, informou. Pronto. Foi dada a largada. Do exato momento em que a pessoa solicitou parabéns (que deveriam ser dados dali a dois dias) até o final do dia do aniversário foram mais de 100 mensagens de parabéns. E se um dos meus três leitores pensa que sabe como é, eu aviso: não, você não sabe. Se você não está dentro do grupo, não consegue saber.
E esse exemplo do grupo das ocorrências é só um. Faço parte de outros dois grupos, dos quais não posso sair. Claro que participo de outros dois, criados por amigos para falar com amigos. Então, como estes têm o objetivo de não falar nada de importante mesmo, não me incomodam. Pelo menos até a página 2, visto que, pelas minhas configurações, grupos são silenciosos.
Queria entender o que é tão difícil de as pessoas entenderem, quando o assunto é tão simples. Um grupo criado para fim específico. Que dificuldade tem em entender que ele tem que ser usado para este fim?
E sigo eu irritada. Só no tempo em que escrevo este texto, já recebi uns 80 “bom dia”, “olá”, “bom trabalho”, “rsrsrsrsrs”, “adoro vocês”, “bora que o dia ta só começando” e mais um monte de coisas. Isso sem falar em pegadinhas, piadas, enigmas...

Tenho ou não motivos pra ficar irritada?
Sei. Sou chata.

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