Há muito tempo eu falo das meias que, inexplicavelmente, são esticadas até os joelhos de um sem-número de mulheres. Não consigo entender. Já tentei, mas não consigo. Pra mim, inclusive, é muito feio. Aí, zapeando pelas notícias hoje,encontrei essa.
Uma ideia genial: dez correspondentes estrangeiros, que vivem e trabalha, no Brasil, escreveram suas impressões sobre o país. Aí, alguém falou das benditas meias! E teve muito mais! E tudo está no livro “Palavra de gringo — Um
olhar estrangeiro sobre o Brasil”, que acabou de ser lançado pela editora Língua Geral. Alguns trechos:
O meião das mulheres malhadoras
“Não conseguia perceber a razão daquelas meias de esqui, até o joelho, que as coelhinhas da academia combinavam com macacões elásticos e gritantemente coloridos. Quando se faz um esforço para coordenar a roupa de ginástica com a viseira, a garrafa de água e os tênis, por que estragar o visual com meias abomináveis?” (Jenny Barchfield, americana)
A churrascaria rodízio ‘Big pig’
“Uma noite, levei amigos alemães à churrascaria Porcão, a Big Pig, como costumo chamá-la. Sou vegetariana e há dez anos não botava o pé numa churrascaria, mas a Porcão mantinha-se exatamente igual, a mesma cortina de ar gorduroso e chamuscado, que nos saúda como um soco assim que cruzamos a porta (...) Perguntei se faziam um preço especial para vegetarianos que comessem apenas saladas. O gerente explicou que vegetarianos não têm desconto, mas se levassem um atestado médico comprovando a recente colocação de uma banda gástrica pagavam menos 30%. Essa eu arquivei na categoria ‘Só no Brasil’." (Jenny Barchfield)
O brasileiro gosta de uma fila
“Comecei a prestar atenção a esse ‘gosto’ dos brasileiros por fazer filas quando fui a um bar com música sertaneja e, para minha surpresa, encontrei outra vez fila para entrar. O problema não é a fila em si. Chamou minha atenção o fato de ter que esperar mais de uma hora na fila, em pé, no frio. Um amigo que promovia bares e boates em São Paulo chegou a admitir que contratava pessoas, conhecidas como figurantes, para simularem que estavam na fila e, assim, atrair público.” (Waldheim Montoya, colombiano)
A ‘amizade’ com os porteiros
“É costume tratar bem os porteiros e os maîtres dos restaurantes. Precisamos deles para consertar o cano do banheiro, para conseguir a mesa do canto. Conhecemos essas pessoas há muitos anos, mas as conversas se restringem a brincadeiras sobre times de futebol, como se vivêssemos em países diferentes.” (Julia Michaels, americana)
*Fonte: Blog Gente Boa
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