segunda-feira, janeiro 11, 2016

A saga do enxoval

Todo site voltado para gravidez e maternidade tem listas de itens que devem compor num enxoval, outros que seriam úteis e as eternas dicas, do tipo: “não compre muito, o bebê perde tudo muito rápido”. Sim, eu vi listas e esta dica específica em vinte páginas, mas, na prática, descobri a maior dificuldade da gravidez: fazer o enxoval.
É, na vida real tudo é muito mais difícil.
A minha dificuldade não teve nada a ver com a quantidade de itens a comprar, nem o tipo de roupa. Teve a ver com tudo. Isso mesmo. Tudo.
Quando decidi que era hora de começar a providenciar roupas e acessórios que a Aurora vai usar nos primeiros meses, primeiro, fiz um levantamento de tudo o que ela já tinha ganhado, para evitar comprar itens repetidos. Isso já eliminou da minha lista sabonete em barra e líquido, shampoo, perfume, lenços umedecidos, sapatinhos de lã, ursos de pelúcia, laços e enfeites de cabeça, mamadeira e chuquinha, kits alimentação, chupeta, cobertor, protetor de berço, carrinho e cadeirinha para carro, brinquedos para a banheira, a banheira e o suporte. E, pelo menos em princípio, fraldas descartáveis. Tudo isso ela ganhou dos nossos amigos no chá de fraldas.
E, depois de alguns cortes na lista, faltavam alguns, digamos, primordiais. Conjuntos de pagãozinho, fraldas de pano, fraldas de boca, cueiro, mosquiteiro, roupa de cama, macacões, mantas, bodies, calças com e sem pezinho, pares de meia, chapéus e aqueles produtos de higiene: cotonet, álcool, algodão, babador, fita adesiva, lixeira, termômetro e outros.
Só que aí veio a hora de comprar tudo. No começo, cogitamos sair da cidade para comprar tudo com menores preços, mas, na dúvida sobre a real economia que isso nos traria, decidimos ficar por aqui. E o nosso “por aqui” foi Morro Azul – o antigo centro do mundo, lá na loja do pai.
E foi a compra mais difícil da minha vida. Primeiro, porque, de fato, dá vontade de comprar tudo. Roupas, sapatos, conjuntos, macacões, velocípedes, brinquedos, bonecas, quadros, jogos eletrônicos. Depois, porque escolher cores, modelos e tipos é muito difícil.
Gastamos umas três horas decidindo quantos deste e quantos daquele, este ou aquele modelo, esta ou aquela cor - porque não, não sou do tipo que vai vestir a filha com rosa e lilás. E que sofrimento!
No fim, com gastos acima do previsto e três bolsas enormes, voltamos pra casa. E, até o dia de lavar e passar tudo – que vai ganhar outra postagem em breve -, perdi horas olhando tudo, revendo cada peça, babando nos modelos e dando altas risadas diante da beleza das roupinhas e da criatividade das mensagens dos bodies.


O fato é que agora ta tudo no lugar, tudo pronto. Limpo, passado, cheiroso. Dá um orgulho danado! E um medo maior ainda! ;D

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