E na quinta-feira...

Não... o dia não amanheceu com chuva não. Por acaso, era um dia atípico (pelo texto anterior, chove sempre, então eu não poderia simplesmente me desdizer), com dia claro, porém sem sol. Lá pelas dez da manhã, depois de um mês inteiro tentando armar uma visita, um telefonema. Do outro lado da linha, a voz: “Eu queria te convidar pra me convidar pra almoçar com você hoje, porque eu to doido pra cair na estrada”. Um doce pra quem adivinhar a minha resposta! Bem, diante dela, duas horas depois, a moto do Milton parou à porta da frente do mercado e ele desceu, radiante, e com os olhos vermelhos, resultado da briga que ele travou com o vento na viagem de Volta Redonda a Morro Azul (é, porque ele se esqueceu que não tava indo fazer trilha e saiu de casa com o capacete de trilha, aquele que não tampa os olhos).
A estada dele em Morro Azul durou oito horas, mas valeu por dois dias inteiros! Pra começo de conversa, nos aventuramos por Miguel Pereira. Foi, no mínimo, divertido. O almoço e a sobremesa (sim, porque a almoço sem sobremesa só tem em casa de gente que odeia viver) foram servidos depois da grande aventura.
Se os meus três leitores pensam que o nosso dia morrazulense se resumiu em passeiozinho em Miguel Pereira, almoço, torta alemã e mais nada, se enganam redondamente. A aventura real, literal, louca e divertida começou por volta das 17 horas. O Milton – meu primeiro amigo a vir visitar-me do lado de cá da vida – queria conhecer Pirauí. Não, não tem nada de errado com a grafia desta cidade. É “Pirauí” mesmo. E é lá que fica a segunda loja do Dôgras e da Mônica.
Como o Milton, desde que conheceu a Mônica e uns dias depois o Dôgras, vem ouvindo dizer que Pirauí é isso, Pirauí é aquilo (tudo de ruim, diga-se de passagem), tava doido pra ir lá constatar pessoalmente toda a ruindade do local. E isso ele não poderia, jamais, ter feito sozinho... então, sobrou pra mim.
E sabe como foi que nós percorremos os vinte quilômetros de estrada de terra, até chegar a Pirauí???? De moto! Sim, de moto!
Todo mundo acha que pode imaginar como foi a aventura, mas não pode! Só nós sabemos como foi divertido.....
A parte ruim da história é que logo logo anoiteceu e a nossa aventura acabou!De todo jeito, o Milton agora passou pro topo da lista dos meus amigos! Ele foi o primeiro a vir me visitar do outro lado da vida!!!!