Hancock

Agora sim...

Dois terços da crítica norte-americana têm a opinião de que 'Hancock promete, mas não mantém'. Para o outro terço, 'é a melhor diversão do verão'.
Bem, pra mim, é um dos melhores do inverno. Pra saber se foi o melhor, precisamos mudar de estação.
Hancock é um super-herói desastrado. Fora dos padrões, talvez. Cada salvamento a uma vítima contabiliza milhões de dólares em prejuízos. Ele tem seiscentos convites a comparecer a delegacias, depoimentos, prisões e afins, para esclarecer um raio de duzentos metros de destruição durante uma decolagem, cinqüenta quilômetros de engarrafamento num acidente que deveria ter tido uma vítima - que ele salvou, obviamente - e por aí vai.
Um dia, Hancock salva um profissional - desempregado - de Relações Públicas, que, agradecido, se oferece pare representar e recuperar a imagem pública do super-herói.
E, como disse a Thaissa, se dá início a praticamente um gerenciamento de crise. Sim, porque o que Hancock tem nem pode ser chamado de imagem. O camarada é odiado por todos.
E depois da mãozinha do comunicador, Hancock se entrega à polícia, enfrenta seus desafetos na cadeia, aprende o robótico 'bom trabalho' e se veste com um uniforme que dá mais charme a Will Smith.

A história, neste ponto, muda de rumo. A explicação sobre a procedência dos poderes de Hancock e Mary - esposa do Relações Públicas, que também é dotada de super poderes - não aparecem. A meu ver isso não chega a ser um problema. É só esperar. As explicações vêm.
Hancock vale a pena. Pela beleza de Charlize Theron, pela atuação deliciosa de Will Smith, pelo espirro que destrói uma casa, pelo vôo de uma criança e por tudo o mais.
Pra mim valeu a pena pela companhia - Thaissa, Max, Anderson e Fernando... adoro vocês! -, valeu pelas duas caixas de Bis que eles comeram, pela latinha de Coca zero de 250ml, pela diversão e por mais um monte de coisas.
Só não valeu a pena por eu não estar resfriada. Se estivesse, a posição na primeira fileira do cinema teria sido uma ajuda para o efeito do remédio para desentupir o nariz e teria sido menos incômoda, claro.