Tomei a liberdade de copiar alguns deles e colocar aqui. Seria injustiça guardar todas essas mensagens lindas e com tanto sentimento guardadas só pros jornalistas que fazem parte do grupo...
As minhas palavras estão no post que vem logo abaixo.
Beijo pra todos
Flávia Anastacio
P.S.: Ta doendo pra caramba!
Por parte do Evaldo de Castro:
Soube da morte de Thaís Torres hoje por volta das 8h de manhã, através de colegas da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Resende. Em férias no trabalho, tomava meu banho preparando-me para sair quando a secretária eletrônica registrou o recado sobre "algo trágico ter acontecido com ela". Imediatamente retornei o contato e soube de sua morte. O baque foi grande. Afinal, me lembro dela nos visitando, o jeito meigo de sempre, falando do bom momento pessoal e profissional que vivia.
Embora de todas as certezas que pode ter o ser humano, a morte ser sem dúvida a maior delas, pensei na família, de quem ela falava sempre com enorme carinho, e na dor que inevitavelmente envolve este momento. Também sei que quem nasce já está fadado à morte. Mas esta mensageira estranha, por vezes, abraça antes os mais jovens e os mais sadios, deixando para trás idosos e doentes, numa lógica que só Deus é capaz de decifrar.
O que dizer numa hora destas, quando nada parece capaz de consolar a enorme dor que só quem está vivendo o momento pode saber como é? E o que dizer quando isso ocorre em meio a uma tragédia urbana que só se supõe ser possível acontecer com os outros, não com nossos filhos.
Sobretudo, penso na dor de uma mãe, que sempre tem a tendência natural de imaginar que, enquanto os filhos estão por perto, nada de mal irá acontecer a eles. Sinceramente, não sei o que dizer! Como perdi minha mãe há dois anos e já vi dois irmãos enterrarem seus filhos, em situações diferentes - um recém nascido que não foi pra casa e uma jovem de 20 anos que havia acabado de passar no vestibular -, sei que nenhum pai estará algum dia pronto para sepultar aquele a quem deu a vida.
Tragédias como estas só reforçam em nós a certeza da fugacidade da vida e de como perdemos tempo com situações que nos afastam dos amigos e da família, que nos são caros. Por isso ame muito e usufrua a companhia dos afetos. Nossa existência é muito efêmera. Hoje estamos aqui e amanhã poderemos não nos encontrar mais deste lado da vida.
Talvez um trecho de uma crônica que o "poetinha" Vinícius de Moraes seja o melhor para encerrar este texto: - Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado (...). Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas? Sim? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu... Sabe por quê? Por que... Ser seu amigo já é um pedaço dele! -.
A Morte da Verdade - por Frank Tavares:
Quando alguém morre, deixa-se a saudade e a angústia. Deixa-se para trás homens, mulheres, pais e mãe. Deixa-se um mundo. Sepulta com o corpoas memórias e as lembranças. Ficam os momentos, os casos e, principalmente, os acasos da vida. Mas, quando morre um jornalista, morre parte da verdade... Com a morte de Thaís Torres - assim como de muitos outros jornalistas - fica um vazio de inocência, uma lacuna da verdade, um espaço em branco na pauta da vida, onde as letras se apagam, a voz amudece, as palavras falham e o silêncio impera. Não por muito tempo, pois, como um fênix, o jornalista sobrevive. Não vive apenas na lembraça de suas mazelas e das infinidades de direitos perdidos; ou ainda das lutas sindicais, que muitas das vezes não nos leva a nada. O jornalista vive com suas matérias, com sa riquezas de sua palavra - "latim popular" que agrada a todos. Crescer como jornalista é expandir conhecimento. Deixar de ser jornalista é acovardar. Morrer como jornalista é se martitrizar. Seja em favor da notícia, longe dela, ou meramente, deixar de viver o "estalo" que Deus dá aos criadores de fatos. Ele, o criador, escolhe os seus e, os Dele, são os melhores. E os melhores, são aqueles que primam pela escrita, que rabuscam sentimentos nas folhas de papel, que alargam horizontes em busca da verdade, da filosofia de vida que levaria ao mundo perfeito... Fica um vazio com a morte traumática desta companheira, coleguinha e guerreira. Queria eu ter a prepotência, virar Deus, e tentar mudar esta história. No entanto, os relatos que temos que fazer são esses e muitos outros que ainda teremos. Sejam em favor da notícia, da verdade; ou ainda de acontecimentos como a morte. Como dizia Pedro Bial: morrer é ridículo. Mas, morrer e deixar um legado, vale a pena. Thaís deixa amigos, familiares e um legado: a verdade das suas informações. Morre na terra um jornalista; ganha-se no céu um querubim para anunciar as maravilhas de Deus.
Descanse em paz, Thaís Torres
Por Thaissa Costa:
Lindo texto. Realmente Thais deixa um legado. Competente, humana, mulher incrível. Guerreira sim! Fica em nossa memória apenas o melhor dela!
Oi amigos - por Regiane Amaro:
Hoje, estou imensamente triste. Mais do que uma colega de profissão, a Thaís era uma amiga, batalhadora, inteligente, alegre e, acima de tudo, de um caráter maravilhoso. Perdemos uma amiga, mas fica o exemplo de vida de uma pessoa sempre preocupada com os amigos, uma excelente profissional, exímia escritora, linda. Que Deus lhe dê um canto tão perfeito para que ela possa estar sempre olhando por nós. A fatalidade sempre encontra as pessoas boas, como, se no acaso do destino, elas merecessem estar num lugar melhor, longe das atrocidades que presenciamos todos os dias. Nossa amiga, Thaís, não será apenas uma estatística, porque ela faz parte de um mundo melhor, onde guardaremos seu rosto e seu sorriso em nossas mentes e corações. Saudades hoje e sempre.
Por Claudinéia Amaral:
De uma coisa temos certeza: Ela só nos deixou boas lembranças. Seu sorriso, seu otismo, seu profissionalismo, ficam como exemplos.
Por Deysivan:
Puxa, gente, lamentável.
Por Madá:
Caros colegas, acabei de receber uma notícia muito triste e que, com certeza, deixa o jornalismo da nossa região muito mais pobre: faleceu na noite de terça-feira, em São Paulo, a colega Thaís Torres.
Sim, a combativa Thaís, lutadora de primeira hora por um jornalismo mais ético, mais transparente e mais justo. As primeiras informações dão conta de que Thaís morreu a ser atropelada por um ônibus, ao sair do trabalho.
O corpo já está vindo para Barra Mansa, onde deve chegar por volta das 11h, e será velado numa capela em frente a Delegacia Legal de Barra Mansa. O horário do sepultamento ainda não foi divulgado.
Thaís Torres era jornalista e durante mais de dois anos foi chefe de reportagem da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Resende. Foi trabalhando aqui que ela começou a participar do Movimento Luta Jornalistas e a travar embates memoráveis com os jornais impressos diários da região, através do seu blog por melhores condições de trabalho e de salários mais dignos para nossa categoria. Em outubro de 2007, Thaís participou da organização e foi mediadora de uma das mesas do I Forum dos Jornalistas do sul Fluminense, realizado pelo Movimento no Sest/Barra Mansa.
Em busca de novas oportunidades, decidiu mudar para São Paulo, onde teve sua vida ceifada por um ônibus na noite de ontem. Que Deus a abençõe onde ela estiver e fortaleça sua família e seus amigos para enfrentar momento tão doloroso.
Nós, do movimento Luta Fenaj perdemos a companheira de luta, a amiga de todas as horas. Mas Deus, com certeza, ganhou uma parceira que vai anotar tudo para ele e no final, usar esses apontamentos para fazer um belo informativo. Lá no céu.
Por Renata Alves:
Eu não acreditei quando soube.
É realmente uma pena, meu Deus!
Vamos todos orar por ela, e pela família e amigos.
Por Camila Granato:
Realmente é uma perda inestimável. Uma pessoa com a essência positivada Thaís, com sorriso constante e carisma ímpar, fará muita falta.Que Deus conforte a família e todas aquelas pessoas que têm por ThaísTorres carinho e admiração. Mais um anjo que Ele leva para o seu lado.
Por Márcia Chaves:
Saudades, Thais!
Por Isabele Fernandes:
Acabei de saber pelos e-mails, desta grande perda para todos nós, pela pessoa e profissional excelente que era a Thais. Realmente lamentável.
Por Paulo Henrique Nobre:
Creio estar aqui representandos os profissionais de Valença, ao lamentar pela perda da jornalista Thaís Torres que, pelo relato dos colegas já enviados, era realmente uma profissional de garra e uma lutadora de coração. Não a conheci, como creio os demais aqui de Valença, mas tenho certeza que, pelas declarações dos amigos dela, era, realmente, um ser de intensa força e de ânimo sempre renovado.
Mas como já foi dito, sua perda deve antes de nos entristecer, nos impulsionar. Nos impulsionar na crença de que mudanças precisam ser concretizadas, que a classe tem que ser unida e que, principalmente, somos todos irmãos na busca de um mesmo ideal!
Adeus, Thaís, que Deus te recebe e te dê o descanso merecido, pois lutastes o bom combate. Aos amigos e familiares, força! E à classe, não esmoreça. Somos muitos e nossa batalha só será vitoriosa se continuarmos acreditando!
Um abraço a todos!
Por Helton Fraga:
O carinho por ela, nascido na sala de aula do UBM, permanecerá para sempre, forte como a certeza da nossa impotência perante a vida e o imponderável, que nos provoca, neste episódio assim como no da Valéria (também nos tirada pela estupidez do trânsito), a sensação de espanto e aquela pergunta sempre sem resposta: por quê?
Crenças à parte, para mim fica a certeza de que algo de bom espera por ela em qualquer que seja o destino de quem parte tão cedo.
E para terminar a reflexão a partir da leitura das próprias palavras escritas por ela, no final do perfil em seu blog:
“Geminiana, com ascendente em gêmeos, ela não sabe nem porque atravessou a rua, mas sabe como cativar amigos e o melhor: como mantê-los.”
É verdade, Thaís. Aquela rua nem devia existir, para não ser atravessada. Mas seremos sempre seus amigos.
Por Joice Trindade:
Pela primeira vez me falta palavras para expressar o que sinto. Minha alma foi sugada, não tenho forças para dizer, escrever ou fazer qualquer coisa. Perdi uma irmã, e só sei que dói muito!!
Por Ana Lúcia Oliveira:
No dia 19 de agosto perdi uma das minhas melhores amigas. Em seu enterro, parte do meu coração foi junto. Quanta dor! Sofrimento que vai custar a passar, se é que um dia vai passar.
Mas imensa satisfação, leio os dizeres de vocês em relação à Thais. A Claudinéia foi muito feliz em suas palavras e eu acho que é isso mesmo: vamos amar mais, ser mais amigos, mais companheiros. A Thais foi assim: amiga e leal. E com a mais absoluta certeza, não será apenas estatísticas. Será eterna!
Aos meus amigos, peço-lhes desculpas por ser tão distante. A nossa profissão, a correria do dia-a-dia nos deixa assim, sem tempo para pegar um telefone e dizer: - Bom dia amigo. Mas saibam que amo a todos com a grande> intensidade de uma amizade verdadeira.
Thais amiga, quero acreditar que "Deus precisava de uma linda e competente jornalista ao seu lado, para noticiar a boa nova". E agora ele tem
Por Lana Alves:
"Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho pra que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).
Lamentavelmente o céu ganhou mais uma estrela e nós perdemos uma figura incrível chamada Thaís Torres (tatá).
Difícil acreditar que não veremos mais aquele sorriso, aquela alegria contagiante, o jeito engraçado e desastroso do pileque...sem falar na grande jornalista!!!
Thaís tinha jeito de boneca, mas personalidade de GENTE GRANDE.
Enquanto esteve nesse plano agiu com o coração e seguiu a determinação de suas vontades. Foi feliz e fazia os outrosfelizes. Deixou se guiar pela vontade de crescer seguindo os ensinamentos: Faça tua parte que eu o ajudarei;
Hoje, distante, assim como ela, e correndo riscos parecidos eu tenho absoluta certeza que ela não fez nada de errado... apenas seguiu seu caminho em busca de crescimento, de sabedoria...
A imagem que nós devemos guardar da Tatá é essa: uma menina/mulher linda, feliz, extrovertida...
Foi com esta imagem que fiz minha oração pra ela na igreja dos capuchinos, pedindo aos anjos e santos que a recebam com toda luz que ela merece:
Força meus amigos
Está sendo difícil pra todos nós... e não podemos esquecer de nos abraçarmos mais...
Por Fernanda de Albuquerque:
Oi pessoal,
Estou profundamente triste e pensativa sobre o que aconteceu com a Thaís. Soube ontem por intermédio do grupo e até agora não consigo parar de pensar nisso.
Ela era da turma da Jussara, que se formou um ano após a minha, mas eu sempre admirei alguns daqueles alunos daquela turma pois sentia que eles iam longe.
Nunca troquei um "oi" sequer com ela, pois não tivemos oportunidade de trabalhar ou conviver, mas à distância, sempre lia o seu blog ou sabia pela Ju sobre como a Thaís era batalhadora, guerreira, cheia de vida. É incrível acreditar que a morte possa ser tão estúpida!
Há três anos e meio, eu e Jussara também perdemos um grande amigo, daquele tipo de gente que topa tudo, que encara tudo, que aceita as propostas mais malucas para se divertir, viver, aproveitar a vida! A falta que ele nos faz até hoje é inexplicável e o único pensamento que me consola é que, no pouco tempo que ele viveu entre nós, ele soube aproveitar cada segundo mais do que ninguém.
E essa também é a imagem que eu tenho da Thaís. Uma mulher cheia de coragem, que ousava arriscar, sem medo do futuro. Que quis tentar a vida na capital paulistana e apostou nesse sonho. Concretizou. Estava bem consigo mesma. Buscava sempre mais, mas estava muito feliz com o que já tinha alcançado. Dela, vou guardar a energia, coragem e ousadia.
Aos amigos e principalmente à família dela, desejo que consigam suportar a dor desse momento e pensar que ela viveu intensamente seus 29 anos.
Um abraço e meus sinceros sentimentos
Por Tathiana Brasil:
Não tenho palavras para expressar meu sentimento neste momento de dor... Fiquei sabendo da morte da Thaís ontem à tarde , aqui no Rio. Tinha acabado de chegar à redação da Record quando recebi a notícia.
Um choque!!! Uma sensação de impotência me consumiu por inteira...O que eu poderia fazer???
Longe de todos...longe daquela que me chamava de "thati linda"!!! Nunca tive contato direto com ela , mas sempre que nos encontrávamos era como se fóssemos amigas de anos!!! Ela sempre carinhosa, alegre, animava qualquer rodinha!! Sem falar na competência profissional!! Sentíamos uma admiração mútua!!! E de repente.....tudo chega ao fim!! A sensação que tenho é de que nossa vida não vale nada mesmo....Basta estar viva para para ter a vida interrompida em segundos!! Uma tragédia como essa nos priva de ver aquele sorriso lindo...de receber toda aquela energia da Thaís!! E ainda, de vê-la conquistando tudo aquilo que almejava!! Sinto muito por não poder dividir essa dor com todos aí....
Só queria registrar minha profunda tristeza neste momento!!!
Por Roberto Silva:
Amigos, a saudade vai bater forte. Aliás, já está batendo. Peço orações por ela e seus familiares.
Por Marshelle:
Oi...
Eu fiquei muito triste com a morte da Thaís, apesar de nunca termos sido próximas. Me lembro pouco da Thaís na faculdade (eu era caloura quando ela estava terminando) e também quando a contactava na Assessoria de Barra Mansa. Mesmo assim já ouvi falar muito nesta jornalista e posso perceber que ela era muito querida por todos. Também me emociono porque sofri um acidente muito parecido e graças a Deus sobrevivi. Paro pra pensar nessa hora que devemos aproveitar o máximo e viver da melhor forma, sem remoer nada, sem guardar coisas ruins... pq nunca sabemos quando daremos adeus. Ela me deixa uma grande lição.
A todos os amigos e familiares, desejo força.
Por Fernando de Barros:
O meio jornalístico perdeu, na terça-feira, uma das profissionais mais atuantes e querida: a jornalista Thais Torres. Seu enterro foi nesta quarta-feira no cemitério de Barra Mansa.
Conheci Thais logo no inicio de sua carreira. Foi quando junto com sua grande amiga Ana Lucia de Oliveira e com Patrícia Rocha, começou a fazer estágio em A Voz da Cidade, na sucursal de Volta Redonda. Foi uma passagem rápida pela sucursal, mas que ficou marcada na minha vida.
Meses depois me reencontrei com ela na redação de Barra Mansa. Sempre alegre, brincalhona, mas dando sinais de que seria a grande profissional que foi.
Não era de levar desaforo para casa, mas após a discussão, nada mais existia.
Valente, guerreira, brigona, amiga, profissional ao extremo, estes podem ser alguns dos adjetivos para Thais.
O tempo passou, nos separamos, nos reencontramos há pouco tempo. Ainda estava em Resende de onde saiu para dar uma nova guinada em sua vida na cidade de São Paulo.
Infelizmente seu sonho total não pode ser realizado. Foi ceifado por um acidente que chocou a todos.
Gostaria de falar mais de Thais, mas a saudade aperta e não dá. Fica na memória o seu sorriso bonito que nada vai conseguir apagar.
Para terminar. Publico a definição de Thais por ela mesmo, conforme está no perfil de seu orkut:
"Uma mulher com jeito de menina.
Aquela que ama a vida.
Que ama os que a cercam.
Ama sua profissão.
Se ama.
Ama alguém.
E zela por aqueles que a amam.
Uma geminiana em sua plenitude.
Uma pergunta para muitos.
A resposta para poucos.
Thais Regina Pinheiro Torres.
Uma pessoinha gente grande com alma de aprendiz".
A morte de Thais, por Giovana Damaceno:
Morreu Thaís Torres. A menina sorridente dos sorrisos plásticos. A garota que não conheci cara-a-cara, mas com quem mantinha a intimidade de grande amiga, apenas por ler seus escritos. A jornalista jovem, mas já certa de seus objetivos, e que corria ávida atrás deles. Justa, combativa, honesta. O pouco que viveu da profissão, soube reconhecer rapidamente suas mazelas, principalmente nesse interior, mais provinciano do que nunca.
A morte da Thaís me paralisou. Acompanhei durante toda a quarta-feira os emails dos colegas no Grupo de Jornalistas do Sul Fluminense. Cada um a sua maneira desabafando sua dor, externando sua saudade, dividindo a tristeza e prestando sua homenagem. Só consegui ler, ler, ler... estarrecida. Mostrei a foto dela aos amigos do trabalho, disfarcei o choro, me revoltei com a vida, com o destino.
O que explica morte tão estúpida? Porque uma criatura tão jovem, cheia de sonhos e de planos tem que deixar tudo isso pra trás, assim, de repente, sem aviso prévio?
A morte da Thaís me chocou tanto que não tenho o constrangimento de confessar aqui que esse papo de morte me incomoda, como deve incomodar a muita gente, só que poucos admitem, ou escondem o pavor da morte embaixo do tapete. É uma notícia que põe na nossa cara a certeza de que o próximo minuto é incerto. É só atravessar a rua, ou tentar atravessar a rua. E não se chega do outro lado. Chega-se, de repente, ao outro lado da vida, para quem acredita nisso.
Não deu tempo de despedir de ninguém, de tirar um dinheirinho do banco, de avisar à família, dar um recado pendente a alguém. No armário pode ter ficado uma roupa nova ou um sapato novo, esperando uma ocasião especial. Os compromisso marcados ficaram esperando, aquele telefonema importante não foi dado. E de repente, abruptamente, um ônibus aparece no cenário da vida da Thaís e a retira do grande espetáculo.
Não fui ao enterro da Thaís, não encontrei os amigos que com certeza estavam no enterro da Thaís, não conheço a família da Thaís, mas sinto por todos. Sinto também por nós que ficamos aqui a renovar nossos dias, nossos projetos, a correr desesperadamente atrás dos nossos desejos e necessidades. Pena que normalmente fazemos tudo isso com tanta ansiedade, que não vemos a vida, não curtimos a vida, não valorizamos o que realmente vale a pena nesta vida. E um ônibus pode nos surpreender no meio da rua.
Por Rui Camejo:
Puxa, me emocionei (muito) de novo com o texto da Giovana Damaceno. Inspiradíssimo! Totalmente verdadeiro!
O falecimento da colega, que conheci em poucos contatos, está noticiado também no meu blog.
Que Deus a tenha!
Por Vera Cuiabano:
A linda bonequinha com postura de gente grande e decidida; com forte personalidade e que sabia muito bem lutar pelo que achava justo não viveu em vão. Além dessas qualidades mencionadas, a Thaís nos ensinou uma coisa importantíssima: estar sempre feliz. E mais: que viver feliz é o grande barato da vida, pois faz-nos homens e mulheres de verdade!!!
O choque do acontecimento ainda está pairando na minha mente. A ficha ainda não caiu direito. Por isso estou há horas tentando escrever algo...e sempre deparando-me com o olhar perdido na tela do computador, sem conseguir expressar qualquer coisa. Ainda está tudo muito confuso.
Por Matilde Basílio:
Apesar do pouco contato que tive com a Thais (sempre por telefone ou msn) pude perceber que além de uma profissional dedicada, ela era uma pessoa muito alegre, por isso acredito que onde estiver com certeza estará em paz e muito feliz . Acredito também que deve está repassando para a galera lá de cima, ótimas informações sobre os amigos maravilhosos que fez aqui e que a amam muito.
Que Deus conforte todos vocês.
Thais descanse em paz....
Um comentário:
Queridos amigos,
Recebi a notícia por e-mail ontem a noite. A distância aumenta ainda mais a dor e a saudade.
Sinto como é difícil estar longe. Como dói a saudade e o quanto temos que nos afastar dos amigos por causa dessa nossa profissão.
Recebam todos o meu mais profundo abraço. Queria estar ai nesse momento para chorar com os meus...
Nessa terra estranha, a solidão aperta meu peito e não consigo conter tanta tristeza.
Adeus Thaís..
Perdoe-me pela distância!
Nordange Gomes - Luanda/África.
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