Pra começo de conversa, a história é boa. Os atores são bons, Tiago Lacerda e Paulo César Grande são eles mesmo, bons e pronto.. Às meninas sobra beleza, leveza e naturalidade. Vitória Frate é linda. Toda linda e está ótima no papel da menina rica da zona sul, super protegida pelo pai e decidida a não abrir mão do amor sincero que encontrou no morro.
Era uma vez... é uma história de amor entre dois jovens que vivem realidades bem distintas.

Morador da favela do Cantagalo, em Ipanema, na Zona Sul, Dé descobriu cedo as dificuldades de vencer na vida de forma honesta, cercado pelas armadilhas do crime. Filho da empregada doméstica, Bernadete, e abandonado pelo pai, ele assistiu a um traficante matar seu irmão Beto. Em seguida, seu irmão mais velho, Carlão, é obrigado pelos bandidos a se exilar da favela e acaba preso ao ser confundido com marginais em meio a um arrastão na praia. Apesar de tantos contratempos, Dé mantém sua dignidade. Trabalhador, vende cachorro-quente num quiosque na praia. É dali, de trás do balcão, que observa Nina, filha única de uma família rica que mora na Vieira Souto, avenida em frente à Praia de Ipanema.
Pois é. Basicamente é isso. Mas não é só isso.
Era uma vez é ótimo. De verdade. Trilha boa, fotografia - não por ser o Rio somente - linda, direção impecável, figurino realista.
Figurino e tudo o mais realista também. Há cenas que, de tão realistas chegam chocantes. Daquelas que fazem brotar um sentimento de raiva no peito e um nó na gargante, por retratar uma realidade de forma fiel, mas desconhecida - pelo menos da maioria das pessoas.
Era uma vez é ótimo. E o próprio nome faz juz ao final surpreendente. Nós crescemos ouvindo histórias que começavam com 'era uma vez'... mas os finais quase nunca chegavam perto do desfecho do filme.
Compensa.
Por tudo.
*A companhia nesta sessão foi a Gi e o Marcelo.
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