Perigo em Bangkok

O meu gosto para cinema está assim como para sapatos. Os meus três leitores conhecem a minha paixão pelos dois e sabem que, para sapatos, poucos são os modelos com os quais eu não me identifico. Assim também ocorre com cinema: eu amo e pronto! Qualquer que seja o gênero! Todos - ou quase - os atores! Tipo, cenas e tudo o mais que envolve o assunto.

Até aí tudo certo, certo? Certo.

Pois muito bem.

Esta semana eu fui ver Perigo em Bangkok com o Marcelo, a Gi e o - atrasado - Max.

Eu A-M-O Nicolas Cage e quando assisti ao trailler eletrizante, não tive dúvidas! O filme é ótimo... e como diria o Marcelo, 'curriculo'.

É, mas infelizmente eu estava errada.

O que eu espero de um filme de ação, cujo papel principal - de um assassino frio - é de Cage, é, no mínimo, muita adrenalina. Pra mim, o primeiro pecado do filme foi este: não teve ação. Por mais treinado que Joe seja para matar, o filme merecia um pouco mais de adrenalina.

O outro erro de Perigo, pra mim, foi a falta de naturalidade do elenco. Faltou sintonia entre os personagens (ou entre os atores, sei lá...). Entre todos os personagens. Sim, eu sei que Joe é frio e bem treinado, mas é mais que isso... não sei bem o que, mas é.

Aliás, 'não sei bem o que' é exatamente a imagem que ficou do filme. Eu não sei o que falta, não sei o que aconteceu ou o que perdi. O Max chegou à sessão aos dez minutos de filme iniciado, mas quem ficou com a sensação de 'perdi alguma coisa' fui eu!

A melhor parte é que nem só de coisas ruins foi feito o perigo que invadiu Bangkok com Joe, contratado por um criminoso da cidade para matar quatro pessoas. O filme mostra bem a realidade tailandesa, com imagens claras e reais de guetos, de ruas e das pessoas nas ruas, no comércio.

A trilha não é das melhores, mas ajuda a salvar o gênero. Só isso.

Perigo em Bangkok - eu não aconselho! Nem pros fãs incondicionais de Cage. Ah, para evitar que deixem de ser...