Sabe aqueles dias produtivos? Dá pra fazer um monte de coisa.
Primeiro porque, normalmente, ele começa cedo. Não cedo como normalmente. Normalmente, os dias mais produtivos começam mais cedo ainda. E, pra mim, "mais cedo ainda" é praticamente ontem.
Nos dias produtivos, não há perda de tempo em ponto de ônibus, em fila de banco, em engarrafamento, em cerimônias, em reuniões de trabalho. Não há perda de tempo numa entrevista para a apuração de uma matéria, não há espera praqueles dados que precisam vir por e-mail, não há demora na exposição das ideias na hora de escrever. Na hora do almoço, é sempre rápido, por mais demorado que seja, afinal, estamos falando de um dia produtivo.
Eu nunca achei que a sexta poderia ser o dia mais produtivo da semana. Ainda mais de uma semana de tanto tanto trabalho quanto foi essa minha.
Pois muito bem. Conseguiu imaginar um dia produtivo aí na sua cabeça? Pois muito bem. Agora recomece a leitura deste post, colocando o inverso em todos os itens. Sim... isso resultará num dia nada produtivo.
Assim foi o meu. Muito trabalho, sim. Dever cumprido... mas tudo poderia ser tão mais rápido se não fosse o tempo perdido no ponto de ônibus, na fila do banco, no engarrafamento, na cerimônia de entrega das ambulâncias que eu fui acompanhar, na reunião que se seguiu a ela, na entrevista pra apuração da matéria, que dependia do ministro da Saúde terminar a mini coletiva que a imprensa impôs a ele. Ah, os dados que a assessoria do zero um nunca mais me enviou, o almoço que demorou porque o segundo carro, que trazia o outro zero um ficou preso em outro engarrafamento... e mais tudo.
Viu só? O dia se foi... o dever foi cumprido. Com suas chatices adentro, cidade afora.
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