segunda-feira, setembro 05, 2011

Eu e esses ferros na boca

Já falei várias vezes aqui no brog sobre a dificuldade da minha vida depois que me decidi por me submeter a um tratamento dentário a base de ferros. Sim, foi escolha minha colocar esse tanto de ferros na minha boca. Ta fazendo um ano esta semana que venho sofrendo as consequências da minha própria decisão.
Apesar dos pesares, tudo estava indo muito bem. Afora meu sofrimento mensal (não, isso não tem nada a ver com a Laura) com a pressão aumentanda em cada dente, eu tava dando conta. E achava que aquilo era o pior que eu poderia sofrer.
Até que esta semana, eu informei oficialmente ao dentista, que em dezembro, eu terei que tirar o aparelho, por causa do casamento. Não que o casamento seja motivo para eu ficar sem esses ferros nos dentes. O caso é que não vou ficar muito feliz em ver nas fotos, daqui a vinte anos, esse sorriso metálico que ando ostentando há um ano.
Ele disse que tudo bem, que não teria problemas em retirar o aparelho em dezembro e até falou que eu poderia ficar sem ele até voltar ao trabalho, lá em meados de janeiro. Desta forma, eu faria as duas viagens que estamos programando, sem o incômodo do aparelho.
Ta, gostei da iniciativa dele. E ficar um mês inteiro sem esse negócio me enchendo a paciência e me deixando louca a cada coisa que como, não ia ser tão ruim.
Terrível engano, porém.
Para compensar previamente o período sem os ferros prendendo a minha paz, o dentista decidiu, então, "fechar todos os buracos" até dezembro. "Como assim?", perguntei a ele na semana passada, quando ele me disse essa barbaridade.
"Sim, tão feio quanto ter as fotos do casamento com o aparelho nos dentes será ter as fotos com essas aberturas enormes que há entre os dentes tal, tal e tal", era ele, tentando justificar a arbitrariedade a que estava me impondo.
E ele fez mais que simplesmente justificar. Na hora de apertar os ferrinhos malditos, simplesmente empregou o dobro da força que normalmente emprega. O resultado? Em vez de começar a sofrer as dores no dia seguinte, como acontece normalmente, eu saí do consultório naquele dia mesmo, sofrendo as dores que eram pra chegar só depois que eu comesse e dormisse uma bela noite de sono.
E isso nem foi o pior. As mesmas dores, que duram dois dias, desta vez ainda estão me importunando, cinco dias depois daquele bendito aviso oficial do casamento.
Não quero nem ver como vou sair do consultório dele no próximo mês. Sim, porque ao que posso perceber, a proximidade do casamento (e da retirada estratégica do aparelho) vai fazer o dentista ter mais e mais ânimo (e motivos) para fechar logo todos os buracos da minha boca.
To sofrendo tanto que já repenso se, depois do casamento, eu volto lá pra ele recolocar todos esses malditos ferros nos meus dentes.
Ou desistir de tirá-los, só por causa do casamento. Ah, gente... nem to tão feia assim!

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