Segundo um dicionário qualquer, "noção" é: conhecimento
ou ideia de algo; conhecimentos elementares.
E, com base nesta
definição, eu ando um tanto preocupada com as tantas pessoas que não têm noção.
Este assunto me ocorreu há alguns dias quando, às 6 e 20 da manhã,
eu me aprontava para ir ao trabalho e, do meu quarto – que fica no terceiro
andar do prédio – eu ouvi som alto. Alto mesmo. Da janela, vi um carro
passando. É, o som vinha do carro que tava passando numa rua estritamente
residencial antes das 6 e meia da manhã.
E quando se trata de som, outras muitas situações me chamam a
atenção para o grupo das pessoas que não tem noção. Exemplos?
A família de vizinhos da esquerda, que quando decide fazer
churrasco, monta equipamento de som, equaliza, microfoniza todos aqueles
instrumentos de percussão, chama meia dúzia de pagodeiros e pronto! Está
instalado o pandemônio até, literalmente, o dia amanhecer.
Ou a vizinha da direita que, do alvorecer ao anoitecer escuta os
mais diversos tipos de música. Fato do qual eu não teria absolutamente o
direito de reclamar (ou me meter), não fosse o fato de que, além dela, a metade
exata do município tem que escutar junto.
Tem ainda aquele querido outro vizinho que, sem nada pra fazer num
domingão lindo de sol e calor, estaciona o carro rebaixado, de vidros
escurecidos e som ensurdecedor, tocando palavras inintendíveis e sons
grotescos, bem na porta da sua casa. Sim, isso deve acontecer com outras
pessoas além de mim.
Pra encerrar esta
lista, cito o do ônibus. Só quem nunca andou de ônibus na vida inteirinha ainda
não sentiu o incômodo de querer ler, conversar ou simplesmente pensar, e não
poder porque a moça que está sentada dois bancos atrás de mim decidiu ouvir
aquelas batidas indecifráveis que andam chamando de “música” por aí. Eu levanto
a mão e agradeço a Deus quando no ônibus no qual estou tem apenas a tal moça...
porque de vez em quando tem outras disputando o meu ouvido com ela.
Quem nunca
conheceu um sem noção com estes?
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