quarta-feira, agosto 14, 2013

Por um mundo...

Todo mundo queria mudanças. Todo mundo queria mundo diferente. Só que quase tudo que todo mundo quer é mudança em aspectos confusos, complicados e impossíveis de serem mudados. Ou quase impossíveis.
Eu queria mudanças simples, fáceis. Nem sempre, mas em muitos casos, as minhas vontades são tão simples que poderiam ser conquistadas com uma mudança minha, sua ou da minha mãe.
E de vez em quando eu digo isso pelo Twitter afora.
Queria um mundo bem mais simples. E luto por isso.
Luto por um mundo onde as pessoas, em suas frases - pelo menos escritas, não troquem "mas" por "mais". E isso, independente do contexto. Vale pra todos os sentidos.
Luto por um mundo onde as mães e os pais sejam eternos e as irmãs não fiquem doentes. Ta, sei que isso é complicado, mas queria, fazer o que?
Luto por um mundo onde ninguém se meta na minha vida. Não ligo se se metem na sua. Queria que não se metessem na minha. Pelo menos.
Luto por um mundo em que as pessoas desistam de estudar Jornalismo e entendam que se gostam de escrever, basta que criem um blog e sejam felizes. Quanto a estudar, que escolha, outra profissão. Ou "uma" profissão, como queiram, meus caros três leitores.
Por um mundo onde todo mundo fale "2 giga" e não "2 gigas", escrevam "com certeza" e "seja", em vez de "concerteza" e "seje" e não troquem os sentidos de "de encontro a" e "ao encontro de". E olha que eu nem ligo pros porquês separados, juntos, com ou sem acento ou pras diversas sessões que existem por aí.
Queria um mundo onde as pessoas decidissem suas vontades baseadas, de fato, nas vontades, e não nas vontades dos outros. É, porque tem gente que decide ter vontade baseada nas suas, o que, pra mim, significa aquele sentimento feio...
Por um mundo onde todas as pessoas que trabalham, recebam. Porque isso não acontece sempre. Pode acreditar em mim.
Luto por um mundo onde fofocas só envolvam personagens de novelas. Mesmo que eu não me interesse por elas...
Por um mundo com menos spam, menos gente chata e menos refrigerante. Queria um mundo onde os doces não engordassem tanto, as pessoas parassem de pensar que após o casamento todo mundo tem que engravidar e nossos pais não insistissem que seguíssemos a mesma profissão deles.
Preferiria um mundo onde todo mundo fizesse aquilo que gosta, preferisse ficar perto das pessoas com as quais gosta de conversar e priorizasse as coisas mais simples.
Queria também que uma das redações onde trabalho fosse um lugar com pessoas mais capazes de guardar segredos... para eu poder falar o que quisesse, sem virar citação no facebook alheio.
Luto por um mundo com menos pessoas do tipo "faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço". Não que ninguém possa fazer o quiser, mas que façam e não aconselhem os outros a fazerem diferente. Em outras palavras, que sejam menos hipócritas.
Por um mundo em que líderes religiosos sejam simplesmente líderes religiosos.
Um mundo onde pessoas que mal sabem ler entendam que mal sabem ler e decidam: ou permanecem mal sabendo ler ou estudem para aprender. Simples.
Por um mundo em que o recolhimento de resíduos sólidos funcionasse, alguém me ensinasse a, finalmente, passar sombras nos olhos e os amigos não ficassem sumidos por tanto tempo.
Queria um mundo onde gargalhadas fossem comuns como críticas, críticas fossem mais aceitas - inclusive por mim - e pilhas de mouse, relógio e controle remoto fossem eternas.
Luto por um mundo onde serviços de telemarketing fossem proibidos, todas as formas de "fornecimento" de internet fossem eficazes e as pessoas atendessem, sem reclamar, telefonemas de números desconhecidos.
E queria mais um montão de coisa.... um montão tão grande que nem dá pra calcular.

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