Pra quem pensou que dormir no carro fosse tudo de ruim, pensou isso porque não tem idéia do que nos aconteceu na manhã de domingo.
Pra variar, vou começar introduzindo o assunto com alguns questionamentos e explicações. A primeira delas é: quem consegue fazer uma viagem curta como essa que eu fiz no fim de semana (curtíssima, aliás!), colocar todas as roupas numa mala e chegar ao destino (o hotel, a casa do amigo, a casa do vizinho ou do pai, sei lá!) com todas as roupitchas passadinhas, sem nenhum amarrotadinho??? Hein? Você conhece alguém? Se conhecer, me apresenta!!! Sério....
Outro questionamento importante é sobre a “sacanagem” dos hotéis que não disponibilizam ferros elétricos para os hóspedes! É, é muita vontade de levar o povo à falência mesmo! Num dia queriam que a gente pagasse duas centenas de reais pra uma caminha, um edredon e meia dúzia de pedaços de pão de manhã. E no domingo, como não bastasse eu ter dormido dentro de um automóvel por culpa do preço altíssimo pela transformação da suíte do Marcelo em “quatro triplo”, me informaram que pra eu usar uma bata que tava dentro da minha mala, teria duas opções: a primeira, “comprar” o serviço de passadeira do hotel e desembolsar R$ 27. E a segunda, sair com a bata amarrotada! Alguém tem dúvida do que eu fiz???? Quem arrisca????
Pois é, mas quem disse que eu saí do hotel amarrotada, se enganou! De verdade... eu até pensei em sair amarrotada sim, afinal, se eu contratasse os serviços da passadeira, não teria dinheiro pra almoçar! É, porque como todo bom quase-desempregado, eu tava vendendo o café (que tava por conta do Marcelo no hotel) pra pagar o almoço. Quiçá não vender o almoço pra abastecer o carro e voltar (nossa! Peguei pesado nessa, eu reconheço... eheh). Mas voltando à questão do preço da passadeira...
Eu tava lá, reclamando por não ter colocado uma camisetinha de malha na bolsa, quase chorando como a minha amiga tinha feito no dia anterior... e de repente estranhei a calma da Tathy! Ela, sempre tão preocupada com a aparência... não era possível que tava calminha. Porque roupa passada, pronta pra ela vestir, duvido que tivesse! A mala dela era menor que a minha!
Estranhei a calma dela e perguntei se ela tinha trazido um ferrinho elétrico dentro da mala dela. E a minha estranheza aumentou consideravelmente quando ela disse que não, não tinha um ferrinho elétrico na mala, mas tinha o remédio pro “amarrotamento” da minha bata. “Ta bom, quero ver”, era eu dizendo.
E vi mesmo!
A Tathy abriu o armário do quarto, retirou um cabide. Foi até a cama onde eu estava esmurrando a bata e com toda a calma do mundo retirou das minhas mãos e a pendurou no cabide. Caminhou o metro e meio até o banheiro, entrou, colocou o cabide com a minha bata pendurado no toalheiro, entrou no box, abriu o chuveiro, saiu do banheiro e fechou a porta. Aí, agora, era a vez do questionamento que eu mais faço nessa vida, diante de uma situação semelhante (ou cômica, vá lá!): “Ow, isso é simpatia???”. Ela caiu na risada, pela primeira vez desde que tinha me visto esmurrar a bata e disse:” Que nada... eu sempre faço isso. Ligo o chuveiro na temperatura mais alta e o vapor vai umedecer a roupa. Em poucos minutos vai estar pronta pro uso, vai ver só”. Ta bom. Eu nem tinha opção que não acreditar nela.
O caso é que depois que ela fechou a porta do banheiro com a minha bata “ao vapor” lá dentro, nós nos entretemos tirando fotos na sacada do quarto que não era o nosso (até porque nós nem tínhamos quarto! Dormimos no Astra, ow!). E aí, lá pelas tantas, o telefone do quarto tocou. Vou transcrever aqui o que ouvimos no viva-voz do aparelho do quarto:
- Por favor, senhor, tem alguém fumando no quarto? – era a recepcionista do hotel (ou a capitão do Corpo de Bombeiros, até hoje não descobrimos).
- Não, não tem ninguém fumando aqui. – Era o Marcelo respondendo.
Nessa hora eu falei baixinho pra Tathy: “Estamos sim, fumando um baseado”. Caaalma, gente... era só pra descontrair o ambiente! Voltando ao diálogo entre o Marcelo e o Soldado:
- Senhor, então, por favor, verifique se há alguma fumaça na sua suíte ou se o chuveiro foi ligado no “muito quente”. O que quer que tenha ocorrido na suíte do senhor acionou o alarme de incêndio do prédio e em três minutos todos os quartos dos catorze andares do hotel serão evacuados. Além disso, em menos de dez minutos, o pessoal do Corpo de bombeiros deverá estar aqui para verificar o que houve nas nossas dependências.
Neste exato momento, sem exagero, a Tathy e eu nos lembramos da passadeira, digo, da bata no vapor!
- Caraca!!! O chuveiro ta ligado há cinqüenta minutos!!!!! – isso era ela falando baixinho, até porque ela se preocupou com a possibilidade de o sargento do Corpo de Bombeiros ouvir!
Quando entendeu o motivo da ligação da recepção, o Marcelo tratou de dispensar logo a mulher que estava ao telefone. E eu nem posso terminar de transcrever o diálogo, porque não sei mais o que foi dito! Eu tava quase asfixiada pela fumaça que invadiu o quarto! A Tathy tinha ido lá socorrer a minha bata, livrar o hotel da imprensa e evitar que a gente virasse o assunto do dia! Alguém consegue imaginar o que a gente ia virar??? Putz! Chacota na boca dos desocupados do Pan que estavam alojados no Melià da Barra. Ai, seria o mico do ano! Zilhares de vezes pior que dormir no carro...
Pois muito bem. Dez minutos depois que todas as janelas, persianas, venezianas, portas e acessos às sacadas da suíte – só do – Marcelo tinham sido abertas, nós já estávamos conseguindo respirar... pelo menos não estávamos respirando fumaça!!!
Bem, mas em suma, depois de quase a gente acionar o Corpo de Bombeiros Militar da Barra da Tijuca por um incêndio que não aconteceu, há uma boa notícia a se dizer ao final desse texto: a minha bata ficou como passada a ferro!!!! Sério... na moral! Tão boa ficou que eu até fui abordada na praia por gente querendo referência da minha passadeira! (ai, essa foi péssima, eu sei!, mas quando vi já tinha escrito! Eheheh). Agora sério: a tática da Tathy foi tão boa que à noite, na hora de nos aprontarmos pra ir à igreja, fizemos a mesma coisa. Pena que não deu pras nossas roupas ficarem outros cinqüenta minutos no vapor... acabou que fomos “amarrotadas” pra Comunidade da Zona Sul (na zona oeste, ta....)!
Pra variar, vou começar introduzindo o assunto com alguns questionamentos e explicações. A primeira delas é: quem consegue fazer uma viagem curta como essa que eu fiz no fim de semana (curtíssima, aliás!), colocar todas as roupas numa mala e chegar ao destino (o hotel, a casa do amigo, a casa do vizinho ou do pai, sei lá!) com todas as roupitchas passadinhas, sem nenhum amarrotadinho??? Hein? Você conhece alguém? Se conhecer, me apresenta!!! Sério....
Outro questionamento importante é sobre a “sacanagem” dos hotéis que não disponibilizam ferros elétricos para os hóspedes! É, é muita vontade de levar o povo à falência mesmo! Num dia queriam que a gente pagasse duas centenas de reais pra uma caminha, um edredon e meia dúzia de pedaços de pão de manhã. E no domingo, como não bastasse eu ter dormido dentro de um automóvel por culpa do preço altíssimo pela transformação da suíte do Marcelo em “quatro triplo”, me informaram que pra eu usar uma bata que tava dentro da minha mala, teria duas opções: a primeira, “comprar” o serviço de passadeira do hotel e desembolsar R$ 27. E a segunda, sair com a bata amarrotada! Alguém tem dúvida do que eu fiz???? Quem arrisca????
Pois é, mas quem disse que eu saí do hotel amarrotada, se enganou! De verdade... eu até pensei em sair amarrotada sim, afinal, se eu contratasse os serviços da passadeira, não teria dinheiro pra almoçar! É, porque como todo bom quase-desempregado, eu tava vendendo o café (que tava por conta do Marcelo no hotel) pra pagar o almoço. Quiçá não vender o almoço pra abastecer o carro e voltar (nossa! Peguei pesado nessa, eu reconheço... eheh). Mas voltando à questão do preço da passadeira...
Eu tava lá, reclamando por não ter colocado uma camisetinha de malha na bolsa, quase chorando como a minha amiga tinha feito no dia anterior... e de repente estranhei a calma da Tathy! Ela, sempre tão preocupada com a aparência... não era possível que tava calminha. Porque roupa passada, pronta pra ela vestir, duvido que tivesse! A mala dela era menor que a minha!
Estranhei a calma dela e perguntei se ela tinha trazido um ferrinho elétrico dentro da mala dela. E a minha estranheza aumentou consideravelmente quando ela disse que não, não tinha um ferrinho elétrico na mala, mas tinha o remédio pro “amarrotamento” da minha bata. “Ta bom, quero ver”, era eu dizendo.
E vi mesmo!
A Tathy abriu o armário do quarto, retirou um cabide. Foi até a cama onde eu estava esmurrando a bata e com toda a calma do mundo retirou das minhas mãos e a pendurou no cabide. Caminhou o metro e meio até o banheiro, entrou, colocou o cabide com a minha bata pendurado no toalheiro, entrou no box, abriu o chuveiro, saiu do banheiro e fechou a porta. Aí, agora, era a vez do questionamento que eu mais faço nessa vida, diante de uma situação semelhante (ou cômica, vá lá!): “Ow, isso é simpatia???”. Ela caiu na risada, pela primeira vez desde que tinha me visto esmurrar a bata e disse:” Que nada... eu sempre faço isso. Ligo o chuveiro na temperatura mais alta e o vapor vai umedecer a roupa. Em poucos minutos vai estar pronta pro uso, vai ver só”. Ta bom. Eu nem tinha opção que não acreditar nela.
O caso é que depois que ela fechou a porta do banheiro com a minha bata “ao vapor” lá dentro, nós nos entretemos tirando fotos na sacada do quarto que não era o nosso (até porque nós nem tínhamos quarto! Dormimos no Astra, ow!). E aí, lá pelas tantas, o telefone do quarto tocou. Vou transcrever aqui o que ouvimos no viva-voz do aparelho do quarto:
- Por favor, senhor, tem alguém fumando no quarto? – era a recepcionista do hotel (ou a capitão do Corpo de Bombeiros, até hoje não descobrimos).
- Não, não tem ninguém fumando aqui. – Era o Marcelo respondendo.
Nessa hora eu falei baixinho pra Tathy: “Estamos sim, fumando um baseado”. Caaalma, gente... era só pra descontrair o ambiente! Voltando ao diálogo entre o Marcelo e o Soldado:
- Senhor, então, por favor, verifique se há alguma fumaça na sua suíte ou se o chuveiro foi ligado no “muito quente”. O que quer que tenha ocorrido na suíte do senhor acionou o alarme de incêndio do prédio e em três minutos todos os quartos dos catorze andares do hotel serão evacuados. Além disso, em menos de dez minutos, o pessoal do Corpo de bombeiros deverá estar aqui para verificar o que houve nas nossas dependências.
Neste exato momento, sem exagero, a Tathy e eu nos lembramos da passadeira, digo, da bata no vapor!
- Caraca!!! O chuveiro ta ligado há cinqüenta minutos!!!!! – isso era ela falando baixinho, até porque ela se preocupou com a possibilidade de o sargento do Corpo de Bombeiros ouvir!
Quando entendeu o motivo da ligação da recepção, o Marcelo tratou de dispensar logo a mulher que estava ao telefone. E eu nem posso terminar de transcrever o diálogo, porque não sei mais o que foi dito! Eu tava quase asfixiada pela fumaça que invadiu o quarto! A Tathy tinha ido lá socorrer a minha bata, livrar o hotel da imprensa e evitar que a gente virasse o assunto do dia! Alguém consegue imaginar o que a gente ia virar??? Putz! Chacota na boca dos desocupados do Pan que estavam alojados no Melià da Barra. Ai, seria o mico do ano! Zilhares de vezes pior que dormir no carro...
Pois muito bem. Dez minutos depois que todas as janelas, persianas, venezianas, portas e acessos às sacadas da suíte – só do – Marcelo tinham sido abertas, nós já estávamos conseguindo respirar... pelo menos não estávamos respirando fumaça!!!
Bem, mas em suma, depois de quase a gente acionar o Corpo de Bombeiros Militar da Barra da Tijuca por um incêndio que não aconteceu, há uma boa notícia a se dizer ao final desse texto: a minha bata ficou como passada a ferro!!!! Sério... na moral! Tão boa ficou que eu até fui abordada na praia por gente querendo referência da minha passadeira! (ai, essa foi péssima, eu sei!, mas quando vi já tinha escrito! Eheheh). Agora sério: a tática da Tathy foi tão boa que à noite, na hora de nos aprontarmos pra ir à igreja, fizemos a mesma coisa. Pena que não deu pras nossas roupas ficarem outros cinqüenta minutos no vapor... acabou que fomos “amarrotadas” pra Comunidade da Zona Sul (na zona oeste, ta....)!
Um comentário:
A Tathy é morena messssmooo. Ótima idéia a dela. hihihi Mas vamos falar sério...a culpa deve etr sido sua de esquecer o chuveiro forever...hahahaha Adorei o texto soltei muitas gargalhadas. Como sempre! Bjão e ahhhh, Flumisul é assunto muito sério. E vc deveria dar um pulinho lá e visitar meu estande. Aff! Bjok
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