Sim, ou melhor, não, não há erro na grafia da palavra Pirauí, no título do post. É Pirauí mesmo, com um ‘u’ entre o ‘a’ e o ‘i’. Não se trata de nada semelhante nem próximo geograficamente de Piraí. É Pirauí mesmo, um bairro da cidade de Vassouras, distante uns 50 km dela. Pra quem conhece, isso aqui fica perto de Massambará. Ah, mas isso só ajuda a quem conhece, porque pra quem não conhece, continua próximo da Cochinchina (a propósito, é assim que se escreve? Eu nunca me imaginei citando a Cochinchina num texto meu...).
Outro ponto importante é o tempo verbal empregado ao título. “To em Pirauí”. Sim, eu to. Hoje é segunda-feira, dia 18 de fevereiro e no meu computador o relógio, que ainda não foi atrasado em uma hora pelo fim do horário de verão, marca 15h e 4 minutos. Como ele não foi acertado ainda, em Brasília são 14h e 4 minutos (ta bom... 5). E se eu to aqui, é agora e não mais tarde ou depois, quando eu vou tornar público este texto. É importante que eu destaque que, aqui onde eu to agora, não tenho como acessar a internet, e, conseqüentemente, não existe possibilidade de colocar este texto no brog.
Hoje, por problemas técnicos, eu tive que deixar a população de Morro Azul sofrendo a minha ausência. Sim, porque todos sofrem terrivelmente cada vez que eu não estou por lá. E hoje eu não to por lá. To por cá.
Desde que conheci Pirauí eu me inspirei a fazer um post e dizer pros meus três leitores que um lugar como este existe, sim, na vida real. Não se trata de um canto esquecido das pessoas e apenas lembrado em contos da carochinha e em histórias do velho oeste (ow! Agora que me ocorreu... isso aqui parece mesmo com aqueles lugares retratados num filme de faroeste... bem velho oeste messsssmo. Eu nem tinha percebido).
Deixa-me falar o que há aqui:
Aqui em Pirauí, não há asfalto, o que faz com que haja muita, mas muita poeira mesmo em tempo seco e muita, mas muita lama mesmo, em tempo de chuva (jura?).

Aqui em Pirauí, as pessoas quase não têm carro. Utilizam motos, bicicletas, triciclos motorizados, carrinhos de rolimã, ônibus, charretes, cavalos e, claro, canelas. Tudo isso para irem de um lugar ao outro.

A maioria quase absoluta das residências está localizada em sítios e fazendas. Boa parte das famílias vive daquilo que planta. Algumas delas vivem muito bem, inclusive. São produtores de tomate, por exemplo, que vendem o produto para empresas de abastecimento do estado, sendo alguns deles os únicos fornecedores de determinados centros de venda.
Aqui em Pirauí, muita gente conhece o meu brog. Não por lê-lo ou por fazer parte da minha lista restrita de três leitores, mas por me chamarem de Frávia, a cunhada do Dôgras. E mesmo que nunca tenham acessado o meu brog e sequer cogitam a existência deste meu espaço tão querido, já são particularmente familiares a ele.
No trajeto de vinda e volta de Pirauí, a chance de a gente encontrar outro carro são ínfimas, mas de encontrar uma galera de burros indo de um pasto pro outro pela estrada, são enormemente grandes. Ah, e encontrar também uma igreja Assembléia de Deus é certo como dois mais dois são quatro. Tão certo quanto encontrar Coca Cola no mercado do Dôgras (sim, porque Coca e Assembléia já estão igualmente disseminadas).
Aqui em Pirauí, muita gente conhece o meu brog. Não por lê-lo ou por fazer parte da minha lista restrita de três leitores, mas por me chamarem de Frávia, a cunhada do Dôgras. E mesmo que nunca tenham acessado o meu brog e sequer cogitam a existência deste meu espaço tão querido, já são particularmente familiares a ele.
No trajeto de vinda e volta de Pirauí, a chance de a gente encontrar outro carro são ínfimas, mas de encontrar uma galera de burros indo de um pasto pro outro pela estrada, são enormemente grandes. Ah, e encontrar também uma igreja Assembléia de Deus é certo como dois mais dois são quatro. Tão certo quanto encontrar Coca Cola no mercado do Dôgras (sim, porque Coca e Assembléia já estão igualmente disseminadas).

Ah, outra curiosidade sensacional daqui de Pirauí. Toda a correspondência que chega ao bairro (atenção: eu disse ‘toda’ a correspondência. Toda ela, sem exceção), é entregue numa caixinha de papelão que fica num dos balcões do mercado do Dôgras. Eu explico: o local é tão tão distante (sem trocadilho com o Reino Encantado em que mora a família da Fiona, em Shrek) que o carteiro não dá conta de fazer todas as entregas. Daí ele chega, deposita na caixinha tudo o que é destinado aos moradores dali e com o tempo, cada um passa e pega a sua. Ow... são cartas, contas de luz, água, telefone, correspondência bancária e tudo o mais. Seria cômico se não fosse trágico (sim, porque a vida num lugar aonde nem o carteiro chega – e não por causa da brabeza de cães -, só pode ser trágica). (Outra coisa: eu até pensei em tirar uma fotinha da caixinha cheia de cartinhas, mas esqueci... essa minha cabeça é de lascar).
Eu poderia ficar aqui por dias falando “aqui em Pirauí isso...” “aqui em Pirauí aquilo...”, mas eu não faria jus ao lugar e acabaria cometendo injustiças. Por isso acho melhor eu terminar logo este post e pronto!
Eu poderia ficar aqui por dias falando “aqui em Pirauí isso...” “aqui em Pirauí aquilo...”, mas eu não faria jus ao lugar e acabaria cometendo injustiças. Por isso acho melhor eu terminar logo este post e pronto!
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