domingo, março 16, 2008

Antes de Partir

Dizer que Jack Nicholson está em uma de suas melhores atuações seria injustiça. O cara é bom onde quer que esteja (até em ‘Tratamento de Choque’).
Dizer que Morgan Freeman está em uma de suas melhores atuações, também seria uma tremenda injustiça. Ele é perfeito.
Não dizer que os dois estão imbatíveis, encarnaram os dois pacientes terminais de câncer com louvor, fazem de cada frase uma história e são simplesmente a alma do filme com todo o talento que lhes é peculiar não seria simplesmente injustiça. Seria uma atitude digna de cadeira Elétrica.
O filme é perfeito. A história é dramática, embora comece com uma pitada de comédia e só ganha ares de drama a partir dos vinte minutos.
Logo nos primeiros minutos, a gente sabe que Edward Cole, vivido por Nicholson morreu. Só não dá pra saber quando, mas fica claro como e por quê.
‘Antes de partir’ fala principalmente de morte, velhice e frustração, contando a história de dois homens completamente diferentes, que se encontram na mesma situação: diagnosticados com câncer em estado terminal. Diante disso e das frustrações por não terem alcançado todos os objetivos na vida, decidem que o farão nos últimos dias que lhes restam.
E é a partir daqui que a história ganha vida e o drama vira drama. E é a partir daqui também que eu me convenço que Antes de Partir está entre as melhores criações do gênero que eu já vi.

É muito mais que um filme. É um tremendo tapa na cara.


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