Hoje amanheci de Laura. E já fiz vítimas.
É, vítimas. No plural mesmo.
Mas também... quem manda ligar lá em casa por engano? Quer errar o número de um telefone parecido com o meu, ótimo. Todo mundo tem o direito de errar, mas por que errar o último número de destino (certo), justamente pra um 9, se tinha outras 9 possibilidades? Caramba!
"Quem ta falando?". Quem estiver lendo isto, por favor, me responda: por que as pessoas insistem em perguntar quem está falando? Nunca eu posso com isso...
"Você quer falar com quem?". Eu ainda não sabia que tava de TPM e fiz a pergunta que faço sempre, todas as vezes que alguém pergunta quem ta falando.
"É com você mesmo, Juliana". As pessoas não têm noção do perigo que correm, mesmo por telefone.
"A Juliana não ta. Quer deixar algum recado?". Eu sempre faço gracinha quando uma pessoa tem tanta certeza de estar certa, não estando.
"Eu sei que é você e vou dizer o que eu quero: ou você paga o que me deve...". Neste momento eu comecei a fazer uma conta mentalmente.
"Eu não sei quem está falando, mas estou com uma raiva mortal de você. Queira Deus que eu nunca descubra quem você é. Agora, arranja alguma coisa pra fazer e me deixe em paz".
Desliguei o telefone, ÓVIO. Não sou a Juliana mesmo...
Eu ainda não tinha noção de que não era a Juliana nem a Flávia. Já era a Laura dando os primeiros sinais de presença. Meu alter ego, minha dupla personalidade: eu, na TPM.
Depois deste telefonema, veio o homem, medidor da Light, reclamando que o portão da minha casa está sempre fechado e que não há como registrar o número do relógio.
"Corta a minha luz. Está esperando o que, que ainda não fez isso?". Sim, foi isso o que eu disse pra ele, às 7 da manhã, enquanto ele copiava aquele tanto de número lá do medidor.
Depois foi o Devan. Provavelmente eu não termino o dia de hoje com um namorado.
Como não bastasse, todo mundo liga pro meu telefone num dia como hoje. Teve comercial de jornal grande ouvindo resposta que não merecia ouvir. Pelo menos não da Flávia, mas da Laura.
A Laura, que faz aparições rápidas. Vem, vai. E sempre me deixa em saias justas.
Quando eu retorno ao meu corpo, à minha consciência, é sempre hora de pedir desculpas, tentar fazer as pessoas entenderem que TPM existe, sim (aliás, como alguém que me conhece pode ter dúvidas disso?).
E quem liga pra isso? Danem-se todas elas!
Ops... Desculpa...
2 comentários:
Melhor nem comentar nada...só qdo a TPM passar. rsrsrs
Entendo perfeitamente, só que a minha não é Laura, é Gertrudes!rs
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