quinta-feira, julho 29, 2010

O Bem Amado

Fui pro cinema com o Dê ontem. Desde antes da estreia, eu já estava me programando para ver O Bem Amado.
Baseado na obra de Dias Gomes, o filme conta a história de Odorico Paraguaçu, o prefeito de Sucupira, que tem como meta principal de governo a inauguração de um cemitério.
Apoiado pelas carolas vividas por Andrea Beltrão, Zezé Polessa e Drica Moraes, com as quais, inclusive, tem relações muito próximas, o prefeito tem dificuldades de cumprir a meta, por falta de defunto. Sim, foi só ele terminar a obra, pra cessarem as mortes no município.

O filme tem também o Vladimir, vivido por Tonico Pereira, dono do único jornal da cidade, principal opositor do governo.
A história se passa no início dos anos 60 e é narrada por Neco Pedreira, personagem de Caio Blat, um jovem e idealista jornalista, que se apaixona por Violeta Maria Flor, e, claro, filha do prefeito, o que atrapalha tudo, já que Neco não aceita o governo de Odorico. Ele e a moça moderna, que estuda num colégio de freiras na capital, vivem um romance proibido enquanto Odorico sonha com a inauguração do cemitério.

O desenrolar da trama é divertido, com José Wilker fazendo o Zeca Diabo, matador por profissão, contratado pelo prefeito para ajudá-lo a 'arranjar' um defunto.
Sou suspeita pra falar, porque gosto muito das produções brasileiras. Pra mim, O Bem Amado está entre os melhores do ano.
É realista, com diálogos inteligentes e marcantes. Tem boa trilha sonora, boa direção e bom roteiro.
Achei a história um pouco longa, em certo período, porque é quando nada acontece. Minutos depois, porém, Zeca Diabo volta e com ele a movimentação.
O Bem Amado vale por tudo. Ainda mais por detalhes específicos, como a linguagem peculiar usada por Odorico Paraguaçu, com pérolas divertidíssimas e o casamento de Andréa Beltrão e Mateus Nachtergaele.
Vale cada minuto.

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