quinta-feira, janeiro 06, 2011

E o respeito?

O que tem de gente que não tem respeito neste mundo, não ta escrito no gibi.
Falta respeito à mãe, ao mais velho. Falta respeito ao irmão, ao marido e ao vizinho.
Falta respeito ao próximo. E a estes aí existe mais uma lista imensa.
Dizem que o respeito é a base de uma relação. Eu concordo. Enquanto há respeito, há relação. Acabou o respeito... pra que relação? Qualquer relação tem como base o respeito.
Eu não sou daquelas que prega respeito à Pátria e aos seus símbolos, como não participar cantando o hino nacional quando ele não está sendo ministrado em uníssono. E eu sei que ele tem que ser cantado em uníssono. E quando à salva de palmas ao final do hino. Sim, não se pode aplaudir um hino, mas desde que eu passei a acreditar que as pessoas aplaudem para parabenizar a banda, a orquestra ou simplesmente por sentirem-se homenageadas pelo próprio hino, desencanei com essa história de: "nada de bater palma ao final do hino, hein, gente!".
Claro que respeito é fundamental, também, aos símbolos nacionais. Bandeira não é sagrado, mas representa uma nação, muitas vezes, é o orgulho dela, não é vestimenta.
E um fato que aconteceu na cidade em que trabalho, no 7 de setembro de 2009, durante um ato cívico que comemorava a Independência do Brasil.
Autoridades e população do município reunidos na principal avenida, hasteamento da Bandeira ao som de Ouviram do Ipiranga, mestre de cerimônias e uma extensa programação feita pelos alunos da rede municipal de ensino. Tudo certo. Pelo menos até uma das turmas, que havia sido ensaiada pela amiga de uma professora, apresentar uma "releitura do hino nacional". Um verdadeiro absurdo. E eu não estou aqui pra criticar a visão política do criador da 'nova' letra do hino, ou colocar em xeque sua revolta com a situação política, ou do país, mas para expressar a minha opinião acerca do assunto. Independentemente do pensamento da pessoa que decidiu por apresentar a releitura do hino ou que tenha aprovado a atitude dela, não acho que aquela fosse a hora, aquele fosse o dia nem aquele o local apropriados para a exposição dos seus sentimentos pessoais. Não que ela não possa fazer, em absoluto. Aliás, pode. E deve. É exatamente para isso que vivemos num país democrático, não, porém, faltando com respeito às pessoas. Aos que se respeitam. E respeitam a Nação, já tão desgastada, por questões que nem precisam ser enumeradas.
Não vou colocar aqui o que foi que ela escreveu, não acho necessário, mas me lembro perfeitamente de que o vice-prefeito do município, autoridade maior no evento, teria sido levado à cadeia pelos militares do Exército, acusado de "participação" na apresentação dos alunos e só não foi por intervenção política de outras autoridades.
Lembrei-me dessa situação porque hoje fomos procurados pela criadora da nova letra do hino. Ela ta desempregada e veio nos pedir uma vaga. Ela quer trabalho.

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