quinta-feira, dezembro 21, 2017

Aqui é assim... Trânsito

Pra começar o assunto, nada mais propício que o Trânsito. Não, não é caótico ou curioso como em alguns lugares. Aonde moro, é até bem tranquilo, se eu comparar com cidades próximas. E, quando o assunto é trânsito, carros são o que há de mais interessante, como em qualquer lugar do mundo. O meu carro, o do vizinho, o da outra rua, o desconhecido. É sempre bom de falar.
Como a grande maioria dos bens, carro é, digamos, fácil de comprar. Fácil pelo preço, pelo menos. Um veículo considerado de luxo no Brasil, que custa em torno dos R$100 mil, pode ser retirado da agência, zero quilômetro, por menos de U$20 mil. Não, não é exagero.
Depois de pago o carro (ou financiado), é necessário pagar pela placa. Sim, o emplacamento é pago à parte. Normalmente, as agências e concessionárias cobram uma taxa de cerca para este fim. A placa então passa a pertencer àquela pessoa. Se o carro for vendido amanhã, o dono tira a placa e guarda em casa, ou coloca no outro veículo que comprar. Depois de dois anos com a placa, o proprietário precisa 'renovar' o direito de usar aquela placa. Tem um custo e vale sempre por dois anos. As placas traseiras dos carros têm um selo pequeno, adquirido em cada renovação, indicando o ano do vencimento.
Antes de sair da agência, o carro precisa estar segurado. Não é como no Brasil, onde o seguro não é obrigatório. Lembro que no Brasil, obrigatório mesmo eram só aqueles valores que vêm incluídos no IPVA, tipo Dpvat. Nos Estados Unidos não. Aqui, todos os carros só podem sair das lojas devidamente segurados. E isso não é barato. E o valor muda, dependendo de alguns fatores específicos, como no Brasil. Tempo de habilitação, acidentes anteriores... essas coisas.
Carros usados são bem baratos, se a gente usar como base o preço dos carros no Brasil (é este o meu referencial pra tudo... rsrsrsr). Com U$2 mil, é possível comprar um carro razoável, bom às vezes. Mesmo usado, o trâmite é o mesmo: placa, seguro, habilitação.
Outra coisa muito interessante, e curiosa, é quanto às marcas dos carros que rodam por aqui. Enquanto no Brasil, Fiat, Volkswagen, Ford e Chevrolet fabricam os carros mais vendidos, nos Estados Unidos, essas marcas têm pouca ou nenhuma visibilidade. Fiat, por exemplo, acho que não existe aqui. As outras três são um pouco mais comuns, mas não há muitos modelos disponíveis.
As marcas populares comuns aqui são Toyota, Nissan, Mazda e Honda. Além das comuns no mundo inteiro: BMW, Mercedes, BMW e outras de alto luxo. Ah, e quase não há veículos com câmbio manual. Praticamente todos são automáticos.
Motocicletas, a gente só vê nos meses de calor. E não são muitas.
Bicicletas, acho que só vi duas ou três.
Quem compra um carro novo, dificilmente se desfaz dele rapidamente. A grande maioria dos carros usados disponíveis para a venda em lojas especializadas estão com o odômetro nas alturas. Acredito que isso também seja cultural. No Brasil, conheço muita gente que troca de carro a cada ano ou, no máximo, dois. Aqui isso parece não acontecer muito.
E, como aqui faz muito frio por quase oito meses e temos neve por uns quatro meses, quase todo mundo tem no porta malas, uma pá pra rapar neve. Como no inverno passado, nós ainda não tínhamos carro, precisamos providenciar a nossa pá e fizemos isso há alguns dias. Pagamos uns U$ 10 na nossa. Essa pá vai ser usada quando a gente precisar tirar o carro depois de um ou vários dias de neve caindo. Se o volume de neve for grande, ela precisa ser retirada do redor do carro, pra que a gente consiga sair. Lembro de ter feito isso bastante no inverno passado.... quando ainda usávamos o carro da minha irmã.
Ah, e falando em neve, é infração grave andar com neve sobre o carro. Nos vidros, para brisa e teto.
Nos dias de muita neve, só é permitido estacionar do lado esquerdo das ruas. Isso, porque o carro que rapa a neve vai passar, retirar a neve do meio da via e jogar, necessariamente, do lado direito. Todo mundo já sabe disso, claro, e quando a previsão do tempo indica neve intensa, com acumulação, ninguém (ninguém mesmo) para o carro do lado direito.
Cadeirinha de bebê e/ou criança é outra regra importante. E ninguém (sendo redundante, ninguém mesmo) desrespeita. E todos têm cuidado com a idade e peso da criança, para que estejam usando a cadeira indicada.
Motoristas, invariavelmente, respeitam as regras. Sinais fechados, travessia de pedestres - em qualquer ponto do perímetro urbano e não somente em locais destacados para quem está a pé -, parada obrigatória em cruzamentos - mesmo que seja possível avistar que não haja outro carro vindo -, parada obrigatória atrás de veículos de transporte escolar (aqueles amarelos, como nos filmes) dos quais estejam desembarcando alunos...


Cinto de segurança, cadeirinhas para bebês e/ou crianças maiores... enfim, as regras são claras e cumpridas. A principal vantagem disso é o baixo número de acidentes. Quase não há atropelamentos, colisões ou simples abalroamentos. Nem preciso entrar em detalhes sobre a importância disso. Estamos acostumados a assistir reportagens de televisão no Brasil, com o repórter flagrando motoristas furando sinais fechados, falando ao celular, estacionando em locais proibidos.... e todos têm explicação para tentar justificar a própria infração. É lamentável que este tipo de comportamento seja tão comum e, pior, tão aceitável por todos (não penso assim porque estou fora do país. Passei mais de 35 anos morando no Brasil e conheci diversos estados. Sempre tive esta postura. Quem conviveu comigo, sabe exatamente do que estou falando).
Aonde moro, ainda não utilizei o transporte público, mas parece que o serviço é razoável. Eu passei boa parte da vida andando de ônibus, na cidade em que nasci e cresci, em outras que estudei, na capital do meu estado, na capital do estado vizinho, na capital do país. Em cidades onde fiz turismo. Sei do que estou falando. Acho que conheço o sistema de transporte público em, pelo menos, trinta cidades brasileiras. Em algumas, por utilizar muito. Em outras, nem tanto. Mas sei do que falo. E aqui onde moro, apenas vejo os ônibus circulando, mas não conheço trajeto, origem e destino, situação física dos veículos... nada. Sei que em cidades maiores bem perto de mim, como Boston e outras mais distantes, como Nova Iorque, ônibus, trens e metrôs são infinitamente mais estruturados e conseguem atender à população. Por aqui, não sei. O fato é que transporte - seja público ou não - é bem necessário. Poucas coisas a gente consegue fazer sem depender de carro. A cidade é ótima, o trânsito é organizado, as vias são bem sinalizadas. No calor, é mais "fácïl" viver sem carro. No inverno, porém....
Bem.... certamente há muito o que falar sobre trânsito... mas, pra inaugurar o marcador, acredito que tenha conseguido reunir algumas questões que considero bem curiosas.
E, agora, colocando mais informações no forno...

Um comentário:

maerynjago disse...

Where to play craps at the Casinos - Dr. Maryland
The best craps 울산광역 출장마사지 venues on our list 김천 출장마사지 include at Borgata Hotel Casino & Spa. 전라남도 출장샵 While there are some games, the 광주광역 출장안마 table 안성 출장안마 is always open.