quinta-feira, junho 19, 2008

Por que eu sou assim?

Essa é, definitivamente, a pergunta que não quer calar. Eu, com quase trinta anos, ainda não consegui encontrar resposta a este questionamento que, aliás, anda me instigando muito mais nos últimos meses. Nenhum motivo específico, ao que eu saiba. Não ando mais desastrada, não ando falando mais rápido, não ando quebrando nenhum membro - nem meu nem de ninguém - nem me ferindo com rasgos que necessitem de sutura...
Ta, eu sei que tudo isso eu ando fazendo... mas é tudo o que sempre fiz, não é nada diferente da minha vida pura e simples! Não é nenhuma novidade que requeira de mim a necessidade de responder a esta pergunta [por que sou assim?, para quem não se lembra mais].
Os meus três leitores podem estar se perguntando o motivo desta postagem, já que este questionamento me é presente desde que eu me entendo por gente - não que eu seja, que fique claro. Eu posso tentar explicar. Tentar, sim, porque conseguir são outros cinco mil!
Vamos por partes. Esta semana eu quebrei um vidro de perfume. Ah, isso acontece com dois em cada cem milhões de habitantes de planeta e ter acontecido comigo poderia ser absolutamente normal e aceitável, não fosse um vidro de Bvlgari, de 3mm de espessura. Três milímetros é coisa pra caramba pra 999 milhões, 999 mil, 998 habitantes do planeta - os outros dois são os que quebram um vidro de perfume, segundo a estimativa que eu citei três linhas acima -, mas não pra mim. Depois do pequeno incidente, eu não chorei, mas chutei parede, bati a cabeça na porta e quase esmurrei o Dôgras - meu cunhado - que teve a desfaçatez de me dizer que, seu eu dei conta de quebrar um vidro de perfume de 3 mm, minha mão atravessa um carro blindado!
Eh

Eh
Eh
...
E o que tem a ver eu ter quebrado um vidro de perfume? Nada. Sim, nada. Mas e se eu disser que dois dias antes eu fui guardar umas coisas num armário que fica lá na varanda e, na hora que eu fechei as duas portas do armário - pasme - elas caíram. É, gente. Caíram. As dobradiças que seguravam as duas portas se soltaram da estrutura do armário e as duas portas caíram.
Alguém ainda acha que não tem nada demais em quebrar um vidro de perfume e conseguir 'arrancar' duas portas de um armário, com um questionamento tão profundo como o deste post, eu prossigo no meu relato.
Oito dias atrás, pela manhã, eu precisei de um copo para servir água a uma amiga que estava na minha casinha e ao pegar um, eu esbarrei e derrubei todos os cinco que ficaram. Como eram todos de vidro... Pra informação, na cozinha da minha casinha, os copos ficam numa bandeja, em cima de um armário, à altura aproximada da minha cintura.
Ainda não tem muito cabimento a minha dúvida? Hum... deixa-me ver...
To com uma marca roxa enorme na perna esquerda. Poderia ser de fundo emocional, mas comigo isso não acontece. Aconteceu foi uma tragédia! No dia 12 de junho - aquele dia que eu fui ao show pocket do Jorge Guilheme com a Gigi, a Tha, a Davina, o Max, o Wandel e a Lílian, que valeu um post aqui no brog, lembram? - eu cheguei em casa às 3 horas da manhã.
Mamãeginha já estava dormindo, certo? Certo.
Daí eu subi as escadas no escuro, segurando os sapatos, pra evitar que o eco do barulho do salto a despertasse. Cheguei ao terceiro andar, praticamente tendo subido tudo com apenas três inspirações de oxigênio. Num silêncio sepulcral. Abri e fechei o portão, cautelosamente - como se eu soubesse o significado da palavra 'cautela'... eheh.
Bem... prosseguindo...
Abri a porta da cozinha - a da sala faz barulho e, me conhecendo como conheço, achei mais prudente entrar pela porta silenciosa da casa -, entrei, fechei, não acendi as luzes - porque eu me basto no escuro mesmo -, atravessei a copa e 'tomei' o corredor que termina no meu quarto. Tudo estava perfeitamente bem, até que um estrono me fez lembrar que no corredor, ao canto, às vezes fica uma cadeira onde a gente tem o costume de descansar o telefone. E o pior é que mamãeginha também ouviu o estrondo e acordou assustada: "Flávia! É você?". No auge da dor - sim, porque o estrondo era a minha perna dando uma topada (é topada mesmo? Nunca precisei escrever essa palavra) na lateral da cadeira - me deu vontade de dizer que não era eu, era o Highlander... mas achei que não ia ser educado e só deixei sair o som de um "urrum"....
Outro dia eu tava comendo cachorro quente na rua e derrubei todo o recheio do sanduíche. E a parte pior é que caiu na minha blusa de frio liiindaaa... só de raiva eu não como mais cachorro quente lá na Vila Mury. E bota raiva nisso!
Essas daqui são recentes, aconteceram há bem pouco tempo... coisa de vinte, vinte e cinco dias... mas tem umas antigas.... vou citar algumas, só pra minha pergunta [por que eu sou assim?] ganhar forças e a minha campanha pela resposta, adeptos.
Uma vez, deixei cair uma cadeira. O resultado foi ficar quarenta dias com a perna direita engessada. Como assim? A cadeira caiu sobre ela. Eu não tinha dito isso?
E quando eu fui limpar a TV que ficava pregada na parede, naquela estrutura de ferro, sabem? Pois é, fui limpar e consegui derrubar TV e vídeo. Não, eu não sei dizer como! Só sei dizer como ficou a TV depois...
E quando eu inventei de pintar meu quarto? Juntei com Gílmare e Tathy e a gente pintou. E se vocês estão se perguntando qual o desastre disso, com certeza nunca viram as paredes do meu quarto!
Em outra vez, o salto do meu tamanco quebrou. Eu tava em Brasília e já era noite. Tive que andar de ônibus por duas horas com um pé descalço...
E teve uma vez, quando eu tinha cinco anos, que um tombinho terminou num rasgo na testa, três pontos e uma cicatriz eterna!
Sem falar nos seis pares de óculos que eu quebrei na adolescência... acho que cinco deles quebraram porque eu me sentei em cima deles.... aliás, não me lembro muito bem se foram cinco ou se foram os seis. Essa minha memória...

Viu só?
Existe alguma dúvida de que eu preciso responder a esta pergunta? Caraca... essa dúvida ta me mantando!

Um comentário:

CS Empreendimentos Digitais disse...

Já leu "Sofia, a Desastrada" - de Condessa De Segur?