quinta-feira, dezembro 23, 2010

Chuvas trazem... sombrinhas!

Ontem eu pensei que o céu fosse vir abaixo. Era tanta chuva que eu precisei ficar parada por mais de uma hora, esperar as águas baixarem pra prosseguir no caminho de casa.
Parada lá, protegida por alguma marquise, vi coisas que até Deus duvida.
Gente com os pés descalços e mergulhados em poças d'água, garotas com sandálias rasteirinhas que de nada adiantavam, cabelos lisos encolherem rapidamente, mães carregando crianças pequenas protegidas por pequenas toalhinhas, carros passando velozmente nas poças e molhando transeuntes e mais várias situações, a maioria delas inusitada, que me colocaram a pensar no maior absurdo das ruas, num dia de chuva.
E ali, parada, eu descobri: o mair absurdo das ruas, num dia de chuva é, com certeza, a tal da sombrinha. Ou guarda-chuva, com queiram meus três leitores.
Pra começo de conversa, são tantos exemplares delas que tudo vira uma grande confusão. E se não ficasse redundante, poderia ser "uma grande confusão generalizada" É, porque é exatamente isso. Um grande confusão é mesmo. Generalizada porque todo mundo se dedica a transformar as ruas na grande confusão.
As pessoas estão na chuva, estão de sombrinha. Na beira das vias, de sombrinha. Em pontos de ônibus, sombrinha. Entrando em carros, sombrinha aberta até que a pessoa consiga se sentar. Até aí, tudo bem. A chuva está caindo e a sombrinha é uma das únicas formas de proteção que temos.
O que faz o negócio virar uma confusão generalizada é exatamente as pessoas que mantém as sombrinhas abertas, quando não há necessidade. E eu explico:
No interior de lojas, farmácias, supermercados, bares e afins, as sombrinhas podem ser fechadas.
De padarias também.
Passando por marquises e toldos, elas também podem ser fechadas. Pelo incômodo de fechar aqui pra abrir ali, elas podem ser mantidas abertas, mas quem opta por passar pelas coberturas com a proteção aberta, deveria ter o mínimo de sensatez e tomar atitudes simples, pra facilitar a vida de outras pessoas: levantar um pouco o braço, pra sombrinha aberta ficar acima da linha da cabeça das pessoas e evitar que haja choque de sobrinhas e cabeças (ou braço, ombro...); abaixar um pouco a sombrinha, pra mantê-la na linha do joelho enquanto houver a proteção da marquise; recuar um pouco e ficar mais próximo da rua (ou do fim da cobertura), inclinando levemente a sombrinha, também pra evitar choques.
São maneiras simples de evitar aquelas chateações. Aglomerado de pessoas e chuva, é confusão na certa. Com muitas sombrinhas abertas então... é pra acabar!

Um comentário:

Cessel disse...

Sempre a tal da educação. É muita folga de quem anda debaixo da marquise e anida mantém a sombrinha aberta. Falta de educação, de bom senso, de compaixão com o próximo. Enfim, falta tudo!