segunda-feira, maio 16, 2011

Velozes e Furiosos

Antes de tudo, é necessário que fique claro uma coisa: de Rio de Janeiro, mesmo, Velozes e Furiosos 5-Operação Rio, tem apenas 5%. Se não menos. A maioria das tomadas foi feita em Porto Rico, um país caribenho com vegetação exuberante, corpos sarados e rostos bronzeados. Aliás, andam dizendo que a equipe de Velozes esteve no Brasil por mais tempo para "lançar" o filme, que propriamente para filmar. No Rio, só foram feitas algumas pequenas tomadas que caracterizassem a cidade e takes e fotos de divulgação na praia. Sim, foi só isso.
Nas telas há pouco mais de uma semana, o filme tem muitos erros. Muitos mesmo. A maioria deles, pequenos, mas que a gente (leia-se "eu") percebe sem muito esforço.


Mas não só de erros é feito Velozes e Furiosos 5. Pelo contrário. Pra quem gosta de ação, tem muitas cenas eletrizantes, daquelas de tirar o fôlego. E diversão... diálogos engraçados, piadas dirigidas e algumas que passam despercebidas pela maior parte do público. Bem típico do cinema americano.
Operação Rio é um verdadeiro "up" para a série, especialmente pra quem não liga pros tunnings e as corridas. Pra nós eles, o filme, que ganhou uma estrutura de filme de assalto e ganhou mais ação "policial", começou a ficar mais interessante.
Um detalhe é de extrema importância: a ação é cada vez mais fora da realidade, com sequências absolutamente enlouquecidas e sem qualquer apego às leis da física. Pra quem não espera ver a realidade nas telas, como é o meu caso, é interessante.
O roteiro é um pouco mais livre e ignora bobagens como coerência. Por exemplo, um questionamento que até hoje ta me encafifando e que, inclusive, eu cheguei a fazer para toda a fileira de amigos que estavam comigo no cinema: onde diabos a Equipe de Dominic Toretto conseguiu aquele mundo de parafernália e equipamentos de ponta, se estão falidos e escondidos de toda espécie de forças policiais da face da terra? É, isso não  precisa mesmo de explicação. O que vale mesmo é que Toretto deixou de ser um valentão criminoso para tornar-se um verdadeiro general. O quê? Não acredita? Vá conferir então, oras, e depois me diga.


Na história, Brian (o Rony) e Mia (a Daniela) ajudam a tirar Dom (Vin Diesel) da cadeia numa operação i-n-a-c-r-e-d-i-t-á-v-e-l. Para despistar as autoridades, o trio se separa, reunindo-se meses depois no Rio de Janeiro, onde surge a oportunidade de um golpe definitivo que pode garantir a boa vida da família para sempre, inclusive o futuro do bebê de Mia e Brian, já que ela está gravidinha.
Aí é que aparecem os problemas... o maior deles, literalmente, o agente Luke Hobbs (The Rock, montanhoso) também aterrissa na cidade, com a missão de capturar Dom, que, além de fugir daquele troglodita que na vida real luta numa dessas ligas aí (juro que o Dê disse em qual, mas quem disse que eu me lembro?), tem que fugir também do maior criminoso do Rio de Janeiro e seu exército, formado por uma corrupta força policial carioca. Aliás, um capítulo à parte é a "realidade" da polícia e da criminalidade tratada no filme. De assustar...


Para resolver o problema, os três reunem, então, todos os antigos comparsas dos Toretto. Aí é que o negócio começa... com muitos clichês, aqueles erros aos quais me referi ali em cima, muito tiro e adrenalida a dar com pau.


O filme vale a pena. Pra quem não se apega aos detalhes, muito mais. Vale a pena pela trilha, pelas imagens que vendem um Rio de Janeiro belo. Vale pela direção.
Pra mim, como sempre digo, valeu pela companhia. Aliás, pelas várias companhias. Éramos uma fileira inteira... o Dê e eu, a Dany e o Rony, o Renan e a Bianca, a Maria, o David e a irmã da Bianca... que, acredite ou  não, não consigo me lembrar seu nome!

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