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domingo, maio 08, 2016

Mães, não é exagero

Confesso que eu tinha mania de julgar "exagero"  muita coisa que eu ouvia na vida. Não, nem só as coisas ligadas à maternidade, mas tudo. Achava exagero as gentes que dão  importância desenfreada a algo que, ao meu ver, seria perfeitamente relevável, achava exagero gargalhadas e choros extremos, achava exagero roupas de frio tiradas do armário devido às chuvas de março, achava exagero festas de um ano homéricas e mais um monte de costume de pessoas por aí.
Agora, tudo mudou. Certamente tem a ver com o fato de que eu mudei depois que a Aurora chegou. Pra mim, hoje, nada mais é exagero. Ou talvez a colocação certa seja "eu, hoje, não julgo mais nada". É, é isso. Vai ver, muitas das situações continuam sendo exagero, mas agora não me importam mais.
E não me importam, porque vi que, nas questões ligadas à maternidade, nada é exagero. Nada mesmo. E nas outras questões da vida, cada um vive como quer, ninguém - leia-se "ninguém", tem nada a ver com isso. 
E, quando o assunto é a  maternidade, nada mais exagerado, pra começar, como o que sempre ouvi de todo mundo: esse negócio de amor além do entendimento. Talvez pelo fato de me considerar razoável com as palavras, sempre acreditei que as pessoas diziam que o amor por um filho é inexplicável, eram as pessoas que não tinham muita capacidade de definir algo. Tadinha de mim. Em dois meses e meio, eu constatei que é exatamente o que todo mundo sempre disse: não há palavras para explicar. E não há exagero nenhum nisso. Dá pra tentar chegar perto, mesmo tendo certeza de que ficará longe.
Palavra como "perfeito" é uma delas, mas tenho a sensação de que não exprime com exatidão esse amor que passou a arder no meu peito. Perfeito é pouco. É um sentimento que enche de alegria e, no momento seguinte, de temor. Alegria por existir e temor por algo que possa fazer essa pessoinha sofrer, ou chorar. É uma alegria tão grande que dá vontade de chorar. E eu faço isso. Faço quando olho pra ela e ela sorri. Faço quando sinto a cabecinha dela relaxar no meu braço. Faço quando ela está mamando e, me olhando, larga o peito e sorri. Faço isso quando ela chora por algo que eu ainda não compreendo. Faço quando levanto de madrugada para ver se ela ainda respira, e, no quarto dela, a encontro adormecida serena, com os dois bracinhos posicionados ao lado da cabeça. Choro quando escrevo sobre ela, como agora. Choro sem motivo, embora tenha a clara sensação de ter ficado mais forte desde que ela chegou.


Achava exagero ouvir uma mãe dizer: "meu filho é a minha vida". Imagina se isso seria possível.no meu julgamento! "Claro que esse negócio de maternidade é intenso, lindo e cheio de amor", mas "meu filho é a minha vida" é, obviamente, um exagero, dito apenas por quem não consegue colocar esse amor em palavras. Ah, que inocência a minha... esse negócio de "meu filho é a minha vida" é literal. Sem exagero. Dizer que a Aurora é a minha vida é bem comum pra mim. Digo isso a ela o tempo todo. E repito quando alguém pergunta "e aí? Como é ser mãe?". Repito, sem medo de as pessoas pensarem que é exagero. Ainda mais se essas pessoas não tiverem filhos. Eu já julguei exagero, então, deixo que me julguem. Não me importo. A Aurora é a minha vida. E nada do que não quero pra mim, quero pra ela. Aliás, aprendi que há, sim, alguém mais importante que eu nessa vida. Alguém que merece só coisas boas, mesmo que isso custe renúncias. Aprendi que o amor que a gente tem pelo nosso pai ou nossa mãe é imenso e igualmente inexplicável, mas é menor que o amor que temos por um filho, se é que isso é possível. Quem discordar, me julgue. Não ligo.
"O choro do meu filho dói em mim", Outro célebre exagero que cansei de ouvir por aí. Bem, exagero, até que a Aurora chorou pela primeira vez. Claro que no começo, os choros todos são complicados. E ficam assim, até que a gente aprenda - ou ache que aprendeu - a entender cada choro e eliminar as possibilidades de causa. Só que, mesmo entendendo um choro como fome, frio, calor ou cansaço, qualquer que seja o choro, dói mais em mim do que nela. Com toda a certeza. Dói mesmo, de verdade. Dói como se alguém me estivesse machucando. E se o choro for sentido, daqueles com beicinho, aí a dor é de cortar. Lembro que nos primeiros dias de vida da Aurora, uma vez, enquanto dormia - e eu velava seu sono, ela fez um beicinho e começou a chorar. Não havia nada de errado, mesmo assim ela continuou com aquele choro sentido, como se estivesse triste, mas dormindo. Eu fiz o que? Tirei do berço e a acordei. É, não precisava, eu sei, mas estamos falando de exagero, certo? Na minha cabeça,  naquele momento, se eu a acordasse, a tiraria daquele - qual? - sofrimento. E eu fiz, sem pensar. Ela acordou, resmungou por alguns segundos e voltou ao sono sereno. Pronto, eu consegui tirá-la daquele sofrimento. Qualquer que fosse. Se é que era mesmo.
E se alguém dizia que se arrependeu de ser mãe,  mas não de ter aquele filho? Pra mim,, além de exagero, aquele sentimento era, no mínimo, burro. Como assim alguém pode se arrepender de ser mãe, mas não de ter tido aquele filho? Hoje eu entendo que é perfeitamente aceitável ouvir essa loucura. É possível, sim, que alguém pode se arrepender de ter decidido - ou não - por ter um filho. Entendo que isso é, de fato, uma decisão muito séria, e que vai mudar pra sempre a vida de alguém. Mas se arrepender de ter tido aquele filho, não, não é possível. Confuso, né? Pois é. burro, eu disse. Não há meio de eu me arrepender de ter tido a Aurora. De forma alguma.
Certa vez, quando ainda estava grávida, uma amiga me disse que eu acordaria para dar de mamar de madrugada, cansada, querendo dormir e, logo que visse o rostinho da Aurora, ou que começasse a dar de mamar, eu esqueceria tudo e viveria aquele momento. Mais um exagero Pelo menos até que eu vivi isso. Aquele sono pesado, das 2 horas da manhã, despertado pelo choro do mamá, que se dissipa assim que eu abro o mosquiteiro do berço e vejo aquele sorriso banguela da Aurora, me olhando e pedindo mamá. No minuto seguinte, ela nos braços, sugando freneticamente e me olhando antes de fechar os olhos e voltar a dormir. É, sim, de esquecer tudo: o sono, o frio, os problemas, o mundo. Não há nada mais maternal que o momento de amamentar. Seja na mamadeira, no copinho, na chuquinha ou no seio. Aquele olhar de agradecimento me faz a pessoa mais feliz do mundo, com a certeza de que Deus não poderia ter criado nada mais perfeito que o ciclo da vida.
E quando o assunto é o sorriso de um filho? Ah, mas decididamente não há exagero nenhum nisso. O sorriso da Aurora me faz a pessoa mais feliz que pode haver no mundo. Cada sorrisinho dela é como se o tempo parasse, como se os planetas se alinhassem, o que quer que isso signifique. Pra mim, é como se o mundo inteiro estivesse contemplando a beleza do olhar dela, a serenidade do sorriso e toda a graça daquela boca banguela. E fazer ela sorrir é pelo que eu vivo hoje. Vê-la arreganhar aquela gargalhada é a cena mais linda que eu já presenciei e com toda a certeza, me faz sorrir só de pensar. Tem como não achar isso exagero? Duvido!
E esses exageros que deixaram de ser exageros passam também pela renúncia ao trabalho para viver a maternidade durante 100% do tempo, da forma como cada mulher lida com a gravidez, a escolha do tipo de parto, como cada mãe encara e vive a amamentação, como escolhe o que dar e o que não dar de comer ao bebê, o que vestir, o que ensinar, como o faz dormir, os argumentos para convencê-lo do que é certo e errado... e por aí vai. 
Todo exagero deixou de existir no exato momento em que eu passei a experimentar o quão linda e perfeita é a benção da maternidade. E nesse negócio de Dia das Mães, percebo que a maior verdade de todas é que cada uma de nós, com seu devido exagero, com seus julgamentos, com suas possibilidades e maneiras de criar seus filhos, vive a maternidade de forma intensa. Ou, pelo menos, deveria. Com talento, como a minha mãe, minha avó e minha sogra, essas duas últimas que já dormem no Senhor, ou sem talento, como eu achava que era - e devo ser mesmo. Ou como minha querida irmã Mônica, que nasceu para ser mãe, mas Deus a recolheu antes de realizar este sonho. Não importa a habilidade de cada uma, apenas o tamanho do amor dispensado em cada momento. E não, não é exagero querer mostrar ao mundo o tamanho desse amor, o quanto ele é sublime, o quanto ele é contagiante, emocionante, verdadeiro e, mais importante que isso, simplesmente puro.
Não ligo se dizem que isso ou aquilo é exagero ou errado. Não me importo que digam que eu não deveria fazer deste ou daquele jeito. Não quero saber o que pensam sobre a "minha maternidade", caso essa opinião não vá me acrescentar nada. Não quero ouvir o que têm a dizer sobre maternidade, se essa opinião é teórica. Quero, sim, saber o que outra mãe já viveu, já sentiu. Quero saber como dorme a mãe que perdeu um filho e o que ela vive na pele. Porque, com absoluta certeza, ela não sabe explicar a dor da perda. assim como eu não sei explicar o amor. Quero que as pessoas tentem definir este sentimento, se esforcem pra colocar em palavras algo tão sublime, tão perfeito, tão sem-palavra. E se não o fizerem, que vivam. De verdade. Intensamente. Sem julgamentos. E, de preferência, da forma mas exagerada possível.


Ah, à minha mãe, toda a minha gratidão, e o meu amor. Hoje eu entendo tudo! Nada era exagero!

quinta-feira, abril 14, 2016

As novidades

Muita coisa!

Desta vez, a minha justificativa plenamente aceitável, é muito simples: a vida ta bem corrida e a falta de habilidade pra lidar com tanta correria está me deixando bem ocupada. A vida com a Aurora é uma delícia, mas não é fácil. Por isso,depois de tanto tempo, cá estou eu, com meu já manjado Rápidas.

A outra mãe



Ainda não falei isso publicamente....  mas farei isso agora. Todos dizem que quando nasce um bebê, nasce uma mãe. Provavelmente meus três leitores já ouviram isso por aí. Aqui, aconteceu um fato curioso. Em mim, a mãe ta nascendo. Um pouquinho a cada dia. Mas isso não significa que a Aurora está "órfã" de mãe. Por que? Ora, simplesmente porque a mãe nasceu completa no Devan. Verdade, gente. Nunca vi um pai com tanto talento de mãe! Banho - de chuveiro!, fraldas, cólicas, unhas, combinação de roupas com laços, hora de dormir, cabelo, remédios, vacinas.... inacreditavelmente, o pai, que antes de Aurora não tinha coragem de pegar um bebê, teve um surto e agora é mãe também!


As visitas

A parte mais legal, envolvendo gente de fora, desse negócio de ter um bebê em casa é, sem dúvida nenhuma, as visitas. Gente que a gente ama, mas que fica algum tempo sem ver, porque todo mundo tem muito o que fazer, aparece! Desde que chegamos em casa, Aurora e eu estamos recebendo cada gente linda.... obrigada a todos e todas. Amamos muito vocês!


A rotina

A vida com a Aurora, como eu disse, ta uma delícia. Não tem nada mais perfeito neste mundo inteirinho. E a rotina, embora eu já esteja me acostumando, não é simples. Nos primeiros dias, ela dormia quase o tempo todo. Depois, passou a ficar mais tempo acordada. Agora, o tempo dela "ligadona" aumentou mais um pouquinho. E isso fez a mamãe aqui ficar meio doida no começo. Passou. Até as noites, com mamadas de duas em duas horas, em média, já estão na lista dos "costumes".


Falando nisso...

Ah, falei em mamada e me lembrei que não posso, de jeito nenhum, deixar de falar no assunto. Rapidamente, claro. Não há nada mais sublime na face da terra, quando o assunto é maternidade. É perfeito e agradeço a Deus todos os dias por me permitir ter essa sensação. Ter a Aurora nos meus braços, independentemente do meu cansaço, é a parte mais linda desse negócio de ser mãe. O olhar dela, fixo em mim, é de dar vontade de chorar. Saber que eu a estou alimentando, que ela é 100% dependente de mim e que dar o peito a ela é estreitar o vínculo entre nós duas, é de emocionar. De verdade.




Crescendo

E é tanto mamá que essa menina quer todos os dias, que ela está na casa dos cinco quilos. Deliciosamente fofa! Bochechas enormes parece que estão sendo sua marca registrada. E isso vem deixando todo mundo apaixonado!



Pés
Ela ta crescendo sim. Lindamente. De um jeito que deixa todo mundo boquiaberto. O único problema, que nem é tão problema assim, são os pés dela. Com 50 dias - a idade dela hoje, quase todos os bebês já usa sapato. A Aurora, não. E não tem nada a ver com ter ou não ter sapatos (ela tem 32 pares). Tem a ver com os pés delas serem muito magros e ficarem dançando dentro de todos os sapatos. Eu não vejo a hora de começar a usar aquelas maravilhas... tem verde, preto, lilás, rosa, de verniz, de flor, de laço, tênis, bota, sapatilha.... Ai, Deus!


Família

E nós, que antes éramos um casal, agora somos uma família. A sensação de que somos mais, é muito boa. E melhor ainda é sabermos que todos os nossos parentes estão nos ajudando nessa nova composição. Meus pais, a Aline - mesmo longe, minhas tias e primos, os irmãos do Devan, os sobrinhos.... todo mundo presente. E babando, claro. Nunca vida tanta gente boba junto, quando o assunto é um bebê. Obrigada a todos.


Cuidados

A Aurora ta linda. Vive cheirosa, sempre bela, usa brinco, pulseira personalizada e, claro, já tem nos lábios um sorriso que cativa a todos. Eu, em compensação, ando quase pedindo socorro. Os cabelos andam gritando por química, como nunca antes na história deste país. E pra evitar assustar as pessoas, especialmente a Aurora, essa crina encaracolada está sempre presa, por um elástico e muito gel. É, não tem outra forma de segurar a brabera dos fios. Que Deus nos ajude por mais alguns meses....


Saídas

Essa semana, depois de dois meses, eu voltei a dirigir. Não que eu estivesse esperando completar este tempo para voltar ao volante. O caso é que, como o Devan tirou férias em março, acabei não precisando dirigir, porque estava sempre com ele. E como ele já voltou ao batente, ou eu voltava, ou voltava. E voltei com força total! Já levei a Aurora pra conhecer as titias Celuta e Angela, pra ver as titias da escola Valdir Bedê, pra almoçar no restaurante da tia Birinha. Ela já foi à casinha da tia Eliete, à rádio... sempre muito comportada!



Amiguinhos

A Aurora nasceu no dia 23 de fevereiro, no mesmo dia do Logan, dos queridos padrinhos Rony e Daniela. Antes dela, vieram outros amiguinhos...vários. O Pedro da Gisa, a Melissa da Vivi, A Helena da Aline, o Francisco da Guiliane, o Marcelinho do Marcelo, a Letícia da Patty, a Valentina da Abinoã, o João Norton da Kenia, a Mariana do Leandro e mais alguns. Depois dela, vieram o Theo da Cris e do Betinho, e o Israel da Angélica. E estão chegando a Alice da Lohana, o Carlos Henrique da Jaque, a Rachel da minha Aline, o outro do Marcelo e o primeiro da Iza e mais outros vários. Daqui a alguns anos, vai ser difícil segurar essa galera!


Fotos

E meus três leitores sabem bem da minha paixão por fotos. Não, não estou falando de tirar fotos nem se sair em fotos. To falando de revelar fotos! Sim, aquela minha paixão que já me rendeu algumas centenas de fotos no papel. E agora que a Aurora nasceu, o negócio ficou mais sério! Essa semana, chegam pra mim 200 fotos reveladas, quase todas dela. Aliás, as que não têm ela, propriamente dita, têm ela na minha barriga e ela nas mãos do médico, na hora da cirurgia. Ai, que não to aguentando de curiosidade e expectativa. Prometo texto especial sobre isso!

terça-feira, março 22, 2016

Alguém explica?

To achando que vou perder leitores. Não sei, aliás, se continuarei tendo algum, porque, se três deixarem de passar por aqui, não sobra ninguém. E to pensando nisso, porque, desde que a Aurora foi anunciada na minha vida, ela é assunto soberano aqui no brog. Peço desculpas aos meus queridos três leitores, se é que eles ainda são meus leitores, mas não consigo pensar em nada pra falar, além da Aurora. Será que isso vai mudar?
O que eu quero com essa postagem de hoje, fora o fato de lembrar que só falo de Aurora, Aurora, Aurora, é pedir que alguém explique uma foto. Uma pose. Não, um sorriso.
Vamos por partes.
O Devan aproveita cada momento com a Aurora, pra arrancar um flagrante com ela. Sendo assim, ele já deve ter feito pelo menos umas 1000 fotos. Isso, hoje, porque quando ele fez a foto à qual me refiro, a Aurora tinha 10 dias. Sim, 10 dias,.
É sabido - ou não, já que só eu leio tudo sobre bebês há vários meses - que bebês, antes de dois ou três meses, não sorriem. Claro que estou falando do sorriso propriamente dito, com graça. Os bebês recém nascidos têm algumas reações físicas, que lembram claramente sorrisos. A Aurora, por exemplo, "sorri" quando está terminando de mamar, "sorri" quando está tomando banho... mas sou plenamente consciente de que ela não sorri, de fato. Apenas tem reações. Faço festa, sorrio junto, elogio, a chamo de "princesa linda da mamãe", mas sei que ela não está achando nada engraçado.
E aí, a gente em casa, deixei a Aurora sozinha com o Devan enquanto eu tomava um banho. Foram dez minutos, porque eu ainda morria de medo de ela chorar durante a minha ausência e eu precisar dar de mamar. Hoje, não tenho mais esse medo, quando o Devan está por perto.
Certo, continuando.
E dez minutos foram suficientes. Nem um minuto a mais. 
O pai da Aurora, como todo bom flamenguista, precisava começar a 'instruir' a pequena Aurora. E fez isso com louvor.
A explicação que preciso é sobre este sorriso. Como assim, com apenas dez dias de nascida, a Aurora esboçou esse sorriso assim... tão "sorriso"? Alguém explica ou eu vou ter que ficar com o consolo de ter uma filha linda, que é linda mesmo e ponto?


sexta-feira, março 18, 2016

Como não amar?

Puxa! Faz um tempão que não passo por aqui. E os assuntos estão só acumulando... to criando uma listinha, que fica num bloco, no meu criado mudo, para, em breve, escrever sobre tudo. Ou tentar, pelo menos.
E o meu retorno merece muito mais que um resumo das novidades, numa postagem "Rápidas", como eu sempre faço. Merece um texto exclusivo.
O retorno é pra falar de quem? De quem? De quem? Como assim? Não tinha como ser de mais ninguém, além dela, a Aurora, o mais novo amor das nossas vidas.
Essa coisa deliciosamente pequena, encantadoramente calma ao mesmo tempo em que é assustadoramente brava, e que tem um poder sobrenatural de nos encantar a cada dia. E esse encanto acontece de uma forma inimaginável, impressionante e com tanta força que faz doer.
Sei que meus três leitores já devem ter lido isso em algum blog por aí, ou ouvido de alguma recém-mãe. Acho que até eu já tinha ouvido algo do tipo. Nunca achei clichê, mas também nunca tinha imaginado a dimensão deste sentimento. É louco, é inexplicável, é lindo. Mais que isso, é perfeito - pra mim, a palavra "perfeito" não deve ser usada "em vão". Só a utilizo quando tenho noção do nível da situação. E esta merece.
A Aurora é, sem dúvida nenhuma, a melhor coisa que aconteceu nas nossas vidas. E estou falando "nossas", porque falo por mim, claro, pelo Devan, e pelas pessoas bem próximas a nós, especialmente meus pais, que não se cansam de dizer que "Deus caprichou ao enviar nossa primeira netinha".
Ela é linda. Não, não é porque é minha filha. Ao contrário. Eu sempre fui muito crítica - e depois da Aurora, não farei mais isso - com os bebês, assim que nascem. Pra mim, todos têm a mesma cara, são inchados, não se parecem com ninguém.... ah, têm aquela célebre cara de joelho. E por falar isso muito, quando engravidei, disse pra todo mundo que se minha filha tivesse cara de joelho, eu diria. Meus três leitores, com certeza, sabem que eu diria mesmo. Só que não é o caso. Ela é linda mesmo. Sim, nasceu inchada, sem semelhança com nenhum de nós, mas definitivamente não tinha cara de joelho. 
E a cada dia que passa ela vai ficando mais linda. 
Nasceu clarinha e, há 24 dias vem morenando. Não sei aonde vai chegar, mas ta indo. E só fica mais linda.
Os cabelos - meu maior receio, meus três leitores devem se lembrar - são lisos. Não, gente, não sou romântica ao ponto de achar que vai ficar assim, mas o fato de ser muito cabelo, escuro e liso, ajudam a compor a beleza dela.
Ta, gente, não vou ficar falando falando falando. Vou mostrar!






quinta-feira, março 03, 2016

A escolha do nome

Nome é assunto complicado. E sempre foi na minha vida. Lembro-me de quando corrigia as pessoas que me chamavam de Fravia. Eu tinha 3 anos de idade. "Meu nome é Flavia, não Fravia". Até hoje, amigas da uma tia me chamam de Fravia, de tanto que achavam curiosa a minha correção. Embora eu já não faça mais isso... Era só uma fase (que, na verdade, nunca deve ter passado... olha aí o endereço do brog!).
Quando éramos crianças, minha mãe tinha mania de nos chamar de Valentina, pra que mostrássemos o quanto éramos valentes. "Comeu tudo, Valentina?", "assoe o nariz com força, Valentina", "que roupa linda, Valentina". E desde sempre achava lindo este nome. E ficou muito mais lindo, na minha opinião, quando, há mais de 20 anos, alguma atriz teve e uma filha linda e a chamou Valentina. Ouvi alguém dizer: "A Valentina dela é uma boneca!". Pronto, passei a associar beleza ao nome. Além de valentia, que aprendi na infância.
E desde sempre, minha filha seria Valentina.
Quando namorava, e o Devan falava em ter filhos, meus pais começaram a chamar o bebê que ainda estava muito longe de chegar, de Tininha. Ai, meu coração! Que decepção! Uma vontade imensa de chorar, cada vez que eu ouvia a "forma contrata" do meu nome preferido.
A essa tamanha decepção - e raiva por transformarem um nome tão lindo num apelido, somou-se, então, a febre que virou o nome Valentina de uns anos pra cá. Na minha vida, a priminha, a filha da manicure, a sobrinha do vizinho, a afilhada da colega de trabalho, o neném que ia nascer semana que vem, a filha da funcionária do meu pai.... De repente, toda menina que nascia no mundo era Valentina.
Foi suficiente. Desisti do nome muito antes da gravidez.
Com nomes de menino, foi mais fácil. O Devan queria Lorenzo. Eu não. Sempre quis nomes simples, brasileiros, pouco comuns. E só consegui convencê-lo de que Lorenzo não era uma boa opção, quando mostrei uma matéria mostrando que o nome estava entre os dez mais escolhidos. "Na pré escola, nosso filho vai ter cinco colegas com o mesmo nome". Meu outro argumento era de que o menino ia ser vítima de bullying, por ser mulatinho com nome italiano, embora este motivo nunca tenha surtido o efeito desejado no Devan.
Mas funcionou o outro. Ótimo.
A escolha de "Aurora" foi do Devan. A justificativa, em Provérbios 4:18: "A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". Escolha aceita. Para menino, paramos em algumas possibilidades, porque logo descobrimos que nosso bebê seria mesmo a Aurora.
E aí, nosso velho problema. Ta, "meu" velho problema: apelido. Meus pais começaram a chamar a pobrezinha de "Rorinha". Ai, Jesus! Vontade de chorar! Primeiro que, se o nome é Aurora, chamemos de Aurora. Nada de confundir a cabeça e a personalidade da criança. E se algum especialista disser que isso não confunde, mudo de argumento: nada de apelidos, porque o nome dela é Aurora.
E pra evitar que Rorinha virasse o nome da minha filha, antes mesmo de ela nascer, sentei e conversei. Pedi por favor, expliquei. E eles acabaram, meio a contragosto, aceitando. Mas cheguei até a ouvir deles que iriam chamá-la de Rorinha quando estivessem longe de mim. Hoje não falam mais. É Aurora e pronto.
Nada de apelidos. Aurora. Simples assim.


segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Ensaio

To falando deste ensaio fotográfico desde muito antes de ele acontecer. E tive motivos pra isso.
Primeiro, foram os planos. A ideia era fazer as fotos da barrigona aos 7 meses de gestação, para que, além da barrigona, não tivesse narigão, bração, pernão e todos os outros "ão" que pudesse ter mais tarde.
Aí, os planos nos colocaram os sábados de dezembro como opções. No primeiro não, porque tínhamos o chá da Aurora, sobre o qual já falei aqui. Nos outros, sim. Inclusive os sábados de dezembro e janeiro pós-festas: 26 e 2 de janeiro, que tradicionalmente são dias de preguiça. E se eu consegui convencer minha fotógrafa amiga oficial, Mary de Paula, o que mais eu precisaria? Dias lindos, ensolarados e talz.
E foi exatamente o que não aconteceu. Acho que nunca antes na história da minha cidade, os sábados de dezembro e janeiro foram tão chuvosos. É claro que isso não é de tudo ruim, afinal de contas, foram esses dias chuvosos que me ajudaram a passar pela gravidez sem sofrer muito o calor. Só que, em contrapartida, nunca mais consegui fazer o ensaio gestante.
E a chuva só deu trégua no final de janeiro. Precisamente dia 30, às vésperas dos nove meses de gravidez.
Resultado? Fotos lindas, claro, mas nariz inchado, peitos muito maiores que o normal, pernas mais gordas, braços enorrrmes, barrigona ampliada e, como não poderia deixar de ser, um cansaço que não faz parte da minha vida.
Mesmo assim, compartilhei no Facebook e no Instragram algumas das 300 fotos. E como prometido - com um pouco de atraso - cá estão algumas outras.
Adorei cada pose! E agora que a Aurora já está por aqui, é muito mais legal ver essas fotos!







sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Ela chegou!

Nossa princesa chegou. Ta, já faz três dias... mas como é que para tudo, com uma delícia dessas em casa? Não, não dei conta. Agora, aproveitei um tempinho livre, com o Devan velando o sono da princesa, pra atualizar as novidades.
Ela nasceu às 21h30 de terça-feira, de parto cesárea. Tivemos uns contratempos no hospital, devido a um parto de emergência de outra gestante, por isso Aurora chegou tão tarde. 
Nossa pretinha, que não está tão pretinha ainda, veio a este mundo de meu Deus com 49cm e 3,450kg. E, como não podia ser diferente, nos deixou completamente apaixonados.
Faz três dias, mas ainda estamos fora de órbita e provavelmente ficaremos assim por algum tempo... mas não poderia deixar de informar aos meus três leitores que a Aurora está aqui conosco.
O parto foi tranquilo, na medida do possível, claro. O Devan ficou comigo e depois da cirurgia, quem me fez companhia, até a alta, foi a mamãe.
Em dois dias de internação, recebemos muitas mensagens pelo whatsapp, pelo Facebook e até flores lindas, da irmã caçula, que não se esqueceu de nós. Obrigada a todos os amigos pelo carinho.
Aurora é linda e saudável, cabeluda, ainda não sorri (tomara que não seja da natureza dela). Quem já viu, anda dizendo que ela é a cara do pai. Outros, que se parece comigo. E como tem sempre quem não é de uma opinião, nem de outra, há quem diga que ela é uma - bela - mistura de nós dois.
Para o parto, tivemos a companhia da minha querida "fotógrafa oficial de todas as ocasiões", o que significa que há fotos lindas para mostrar também!
Logo logo a gente faz isso, porque agora é hora de se acostumar com uma coisinha tão deliciosa na nossa vida!