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Atraso

Eu e meus atrasos. De vez em quando faço isso. Prometo não sumir, crio um marcador novo e, de repente, nem apareço mais. E desta vez aconteceu isso. Contei da gravidez e, atendendo a pedidos de alguns amigos, ‘inaugurei’ um diário, pra contar cada novidade dessa vida de grávida. Aí um monte de coisa aconteceu e eu não pude aparecer. Hoje to arranjando um tempo entre uma coisa e outra, pra atualizar as novidades por aqui. Prometo não prometer nada.

A Gravidez

Com a graça de Deus, as coisas estão correndo bem. Aliás, bem demais. Nos próximos dias, completo 16 semanas (mais ou menos quatro meses, pra quem não dá conta desse negócio de semanas) e, por menos que meus três leitores acreditem, não tive um enjoozinho sequer. Sério, nenhum pra contar uma história. Nem enjôo nem tontura. Nada.

Sono e fome

Pra não dizer que não falei das flores, esse negócio de estar grávida está me dando sono, muito sono, mas nem acredito que isso tenha a ver com gravidez, afinal de contas, sou vítima de um sono crônico. E fome. Deus me livre! Parece que o mundo vai acabar em comida! Nunca, em tempo algum, eu senti tanta fome na vida. E a parte mais difícil é manter o controle. A parte boa é que, apesar de estar quase morrendo de inanição, to conseguindo manter o controle. Vamos ver até quando.

Medo

Nunca escondi meus medos desse negócio de gravidez. E as pessoas que me perguntaram, com aquela cara de espanto, “medo de que??”, ouviu: “da barriga, dos enjôos, das tonturas, da pressão alta, dos inchaços, das dores nas costas, da anestesia do parto, do pós operatório, do primeiro banho no bebê, da cicatrização do umbigo, da amamentação, da fase das papinhas, de errar na criação, de não dar conta de ensinar a criança a comer certo e respeitar os outros, de não ter grana pra pagar a creche, a escola, as roupas, a faculdade...”. Sim, estes são apenas alguns dos meus medos.

E a ficha?

E tantos medos ainda estão aqui. Piores, eu diria. Só que não muito piores, até porque, a ficha da gravidez ainda não caiu na minha cabeça. A barriga ta tão grande que as calças jeans já não estão fechando, o coraçãozinho do bebê faz um barulhão em cada ultrassom, o Devan se emociona com cada batida... mas em mim, nada ainda.

O cabelo sofre!

Além das calças não estarem fechando, quem anda sofrendo muito são os meus cabelos. Químicas estão proibidas, então, cá estou eu, em pleno sofrimento. No fim de semana, até fiz uma tintura, das liberadas, mas nada mais resolve as ondas e os fios levantados. Não, não tem nada a ver com progressiva, embora eu seja adepta de carteirinha. Tem a ver com aquela fase em que já passou da hora de uma nova química, em que o sofrimento é pior do que em qualquer outra fase da vida. Aí, sabe o que acontece? Ah, deixa pra lá.

Saúde em dia

Nunca na minha vida eu tinha feito tantos exames. Desde que descobri a gravidez, já tirei uns três litros de sangue. Em cada envelope com o resultado, um susto. Pra quem não entende nada de níveis de colesterol, números aceitáveis ou “reagente” e “não reagente” para isso ou aquilo, cada detalhe é um susto. Só que nem precisava. Estou com todos os números dentro dos níveis.

Glicose

Minha preocupação maior de todas era sobre a quantidade de açúcar no sangue. Meus três leitores conhecem minha loucura por doces e acompanham minha luta eterna contra a balança. Só que parece que eu consegui cuidar direitinho disso. O exame de glicose indicou que estou muito bem. E quero continuar assim.

Carinho

E estar grávida, todo mundo já dizia, coloca mesmo a gente no centro das atenções. Desde que tornei público o “positivo”, minha vida tornou-se o alvo de todos os carinhos possíveis. Amigos, parentes, gente que eu amo e todo o resto. Basta saber que eu carrego um bebê nesta barriga, que começam os paparicos. Comida especial, cadeira, roupa confortável, o melhor horário pra um atendimento, água fresca, travesseiro confortável, telefonemas e mensagens pra saber se ta tudo bem, links de textos  com assuntos ligados à gravidez e ao bebê. Não importa no que. As pessoas têm mesmo um carinho mais que especial com as grávidas. O melhor de tudo é, claro, esse carinho.

Amigos

Diante da minha vontade de não fazer chá de bebê ou outro evento semelhante, os amigos se dedicaram a me fazer mudar de ideia. E os argumentos pra isso foram os mais variados. Alguns disseram que é um momento de confraternização, importante para o momento especial que estou vivendo. Outros, que é bom pra ajudar a estocar as fraldas, tão necessárias e caras. Um grupo de amigas, muito insistentes, disseram que, se eu não fizer, elas fazem. E outro, mais “desesperado” para me convencer, disse que eu preciso fazer um evento no nível dos que eu sempre faço: com muita comida. E acredita que eles me convenceram?

Chá de bebê

Pois é. Eles me convenceram. Ainda não decidi nada. Nem data, nem local. Só estou começando a pensar em fazer no começo de dezembro, pra fugir das festas de fim de ano e das férias de janeiro. Como o baby é pro mês de fevereiro, acredito que nos primeiros finais de semana de dezembro estejam a melhor data.

A barriga

E, pra fechar a postagem da volta, primeira do “diário da gravidez”, uma foto, que tirei há alguns dias. Sim, a barriga de quase quatro meses ta aqui. O peito também, mas isso não vem ao caso. Não sou fã dessas fotos de espelho, mas tinha colocado esse vestido de grávida pela primeira vez e, como estava sozinha em casa, precisei apelar. Nas próximas postagens, prometo não demorar muito, falo sobre os presentes, o sexo do bebê, os exames de ultrassom.....