Não, a pergunta do título não é retórica, nem exagero. É
verdade. E as roupas? Sim, as minhas. Não, não servem mais. Aliás, há cerca de
10 semanas que eu sequer abro a porta do armário principal do quarto. De
verdade. Mantive as roupas do uso sem gravidez no guarda-roupa e praticamente
transformei o closet no armário de grávida.
Com certeza, meus três leitores sabem que eu nunca exibi silhueta
enxuta por aí. Ao contrário, cheguei a travar algumas lutas com a balança, mas
acabei desistindo. Então, essa questão de “e as roupas?” pode até parecer
balela. Só que não é. Embora eu seja uma pessoa que não cultiva outras curvas
além das estradas de viagem, sei muito bem que as coisas agora mudaram muito.
Todo mundo pode dizer, neste exato momento que, se eu estou com oito meses de
gravidez, isso é perfeitamente aceitável. É, de fato. E eu não estou triste ou
querendo mudar isso. Só constatar mesmo.
E demorei a acreditar que as coisas iam mudar neste quesito.
Nos quatro primeiros meses da gravidez, consegui usar as minhas calças jeans,
as blusas que estava acostumada meus vestidos antigos. A partir do quinto mês,
porém, as coisas mudaram. Eu já tinha aproveitado uma ida a São Paulo, para
comprar umas peças maiores, mas ainda não tinha usado. Aliás, nem foram muitas
peças. Foi apenas um vestido de festa, outro mais simples, duas batas, duas calças
de malha e duas ou três blusas. Além disso, ganhei um vestido da prima Jane,
tomei emprestados outros três da minha mãe (sim, emprestados, porque pretendo
devolver tão logo puder) e o Devan me presenteou com outros dois.
Pode parecer muito, mas partindo do princípio que a pessoa
trabalha todos os dias e sai quase todos os dias à noite, não são tantas roupas
assim. E de fato não são. Eu que o diga....
Sair para o trabalho todos os dias está sendo um martírio!
As estampas já cansam os olhos, os modelos me irritam, a manga de um deles
pinica, o preto esquenta muito..... ta ficando difícil.
Isso sem falar nos sapatos. Lá pelas 20 semanas, eu comprei
dois pares de sapato, de numeração maior que a minha. E se bobear, eu preciso
usar um deles todos os dias. Os sapatos antigos, na maioria das vezes, não
servem ou apertam tanto, que chegam a machucar.
O fato é que estar grávida muda tudo. A cabeça confunde,
peitos crescem, barriga incha, nariz dobra de tamanho, todo mundo tem carinho
por nós (ou pela barriga, o que não é a mesma coisa), o cabelo encrespa (ainda
mais no meu caso. Depois de quase nove meses, haja gel!), o marido endoida em
altos papos com a barriga e mais um monte de coisa. Sem falar, é claro, no
tamanho das outras coisas, especialmente dos vestidos e sapatos. Parece que diminuem,
conforme as semanas se passam.
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