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quarta-feira, outubro 14, 2015

Eu queria mais...

É, eu sei que pode parecer egoísmo a frase. E talvez seja mesmo, afinal de contas, "querer mais", quando se está vivendo um dos momentos mais especiais da vida, deve ser mesmo uma pontada de egoísmo. Muito mais pra quem está de fora, sem viver todas essas novidades que estão acontecendo na minha vida.
Se é ou não, definitivamente esta não é a função desta postagem.
O fato é que eu queria uma coisinha a mais. Quando se trata de gravidez, todo mundo quer saúde, mais saúde, família unida, condições pra colocar tudo no lugar, paz pro novo integrante do clã, fotos e vídeos, conselhos e mais uma pá de coisas.
E eu quero, sim isso tudo. Mas queria algo mais. Uma coisinha.
Queria que outra pessoa ficasse feliz neste tempo. Sim, a família e os amigos estão comigo, vivendo cada momento e compartilhando as sensações e as novidades, mas há um vazio. Um espaço, que ninguém pode ocupar.
Porque tudo seria diferente se a Mônica estivesse por aqui. Ela era tão apaixonada por tudo que envolve gravidez e maternidade, que conduziria tudo de outra forma. Eu teria mera participação, por exemplo, na escolha da decoração do quarto. Tenho certeza de que seria por vontade própria que eu deixaria tudo por conta dela por confiar nos gostos e nos talentos que ela tinha e, principalmente, por querer vê-la feliz. E vê-la feliz, pelo fato de que o maior sonho da vida dela, o maior de todos, não foi realizado: o de ser mãe. E ela disse isso nos meses em que passou hospitalizada. Até fazia planos, mesmo sabendo da gravidade da doença e tendo consciência de que, possivelmente ser mãe não estava entre os planos de Deus para a vida dela.
A única pessoa com a qual eu convivi, que nutria este sonho profundo. Ela era assim. Nunca tive por perto uma pessoa que almejasse tanto a maternidade. Sim, ouvi de muita garota que "o maior sonho" era ser mãe, ou que "queria se casar para ser mãe" e mais um monte de coisas. Só que ter dentro de si o sonho, real, era coisa dela. Eu sempre disse que, se Deus colocou no mundo, pessoas com talento para a maternidade, a Mônica foi uma. Ela nasceu pra isso. E mostrava sempre que tinha uma criança por perto. Foi assim com o Netinho e o Júnior, filhos da querida e também saudosa Mirian, com o Leo e a Leslie, filhos da Irinéia, com o Lucas e o Leonardo, da Janaína, com a Thaisa, filha da Dê, com a Raquel da outra Janaína, com a outra Raquel, cunhadinha-emprestada dela, com as duas sobrinhas, Rebeca e Daniela, com as menininhas da grande amiga dela, Maria Paula. E com mais um montão de crianças que nasceram perto de nós ao longo dos anos. Crianças que hoje já são pais e mães, donas de casa e profissionais responsáveis.
Ela era assim. Tinha um amor profundo, uma vontade de estar perto, que pouca gente consegue imaginar. E com toda a certeza, se estivesse aqui, seria assim também com a Aurora. Eu já estaria, neste momento de 20 semanas, com a decoração do quarto definida e possivelmente pronta, as peças do enxoval bordadas, sapatinhos, casaquinhos e toucas tricotados, mantas devidamente personalizadas. Porque ela era assim. Carinhosa com todo mundo, mas com crianças era demais. Ela se entregava. Fazia planos. Vivia, participava, concretizava, criava. Fazia enfeites para os quartos, bordava nomes nas camisetas, pregava botões, recuperava peças dadas pelas mães como perdidas, costurava, customizava. De uma hora pra outra, uma camisetinha branca lisa, virava um lindo vestido, com corações rosas de renda e uma saia rodada que a Mônica criava. Um body azul claro virava tela pra uma super pintura. Aquele espelho retangular, sem borda, virava um espelho de filme, com laços incríveis. E os cabelos das meninas? Lisos, encaracolados ou pixaim. Ela nunca se importou, tinha talento pra todos. Todos mesmo. Em poucos minutos, estavam tão bem penteados que dava vontade de saber fazer igual.
Os alunos da pré-escola que o digam. Todas as ornamentações da sala de aula eram criadas por ela. Personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo, em tamanho real, eram fascinantes e surpreendiam a todos. Histórias bíblicas, contos de fadas. Ela criava qualquer coisa, qualquer cara, com qualquer papel, desde que fossem coloridos. E que dessem trabalho. Parece até que essa era sua principal exigência.
Lembro-me de um dia, em que estava em Brasília e bateu uma saudade danada dela. Mas não era saudade de conversar com ela, porque fazíamos isso quase todos os dias. Era saudade de ouvi-la cantando uma das músicas que ela ensinava às crianças. "Joguei meu anel no mar" e "Garibaldi foi cedinho à missa, galopando um cavalo sem espora...". Aí, era noite de plantão e eu liguei. Conversamos e ela inacreditavelmente cantou as músicas ao telefone. E eu me lembro, como se fosse hoje, que quando desliguei, falei pras pessoas que estavam perto de mim que quando tivesse um bebê, minha irmã iria ensiná-lo a cantar como ela, porque se dependesse de mim... eles só saberiam falar (muito).
Só que Deus não permitiu que fosse assim. Ele quis que tudo fosse diferente. E nós, como filhos, entendedores de que a vontade dEle é boa, perfeita e agradável, que tudo coopera para o bem daqueles que O amam, que não cai uma folha de uma árvore sem que Ele permita, que para tudo debaixo do céu há um propósito e que os planos dEle são insondáveis, vivemos. Sofremos, choramos, rimos com as lembranças, nos emocionamos com as fotos. 
Neste momento que estou vivendo, com a gravidez despontando, descobrindo uma novidade a cada dia, sentindo o bebê mexer, tendo medo do que pode acontecer daqui a vinte anos, na semana que vem ou daqui a dois minutos, escolhendo roupas, ganhando presentes, imaginando o rosto da Aurora, pensando em como vai ser cada banho, ou pentear os cabelos.... e realizando uma vontade minha, muito recente, confesso, que foi o único e maior sonho dela, infelizmente não realizado, Neste momento, a saudade aumenta, eu penso nela em cada novidade. Em cada frio na barriga, em cada mexidinha, em cada notícia boa.
E vai ser assim. Sempre.

quinta-feira, outubro 09, 2014

O bom do aniversário

Os anos passam pra todo mundo. A idade avança pra cada um, sem exceção. 
E toda vez que a data vem se aproximando, eu tento encontrar, dentro de mim, toda a euforia que eu vivia com a proximidade do 8 de outubro, quando era criança.
Não encontro, confesso, mas consigo me lembrar com detalhes de como era ser criança e viver o aniversário. E não tinha a ver com festas ou presentes. Acho que tinha a ver com o fato de estar ficando mais velha. Pode parecer loucura, mas é isso o que eu sinto e não consigo imaginar outro motivo pra tanta expectativa para o "grande dia".
Hoje, não existe frio na barriga, mas existe outras coisas boas.
Aniversário pra mim tem que ter amigos reunidos, como fizemos ontem na casa do querido Max Coelho. Não importa se estamos ficando velhos, se alguns amigos não puderam comparecer ou se a grana curta impede festa maior, bolo maior.
Se tem amigos, há que se ter alegria. E contentamento. E momentos especiais.
E se tem recados no Facebook, tudo fica ainda mais gostoso. Até responder a cada um das mais de 100 lembranças com votos de felicidades, parabéns...
Bom mesmo.

Obrigada a cada amigo. Vocês fizeram do meu dia muito mais feliz. Mais que isso, vocês fazem dos meus dias mais felizes.
Isso sim, é o bom do aniversário. O bom da vida, pra dizer a verdade.

quinta-feira, agosto 28, 2014

A Valentina...

O nome dela é lindo. Aliás, é só uma das coisas lindas dessa pessoa mais linda, que nasceu há um mês.
Filha da minha querida Abinoã e do Betíssimo (é assim que ele se chama), casal amigo que a gente ama, a Valentina é a pessoinha mais deliciosa que eu conheci nos últimos tempos... é, eu sei que a minha vida anda recheada de bebês, mas nada como essa pequena cabeluda, de mãos inacreditavelmente grandes. Se bem que ela é toda grandona....
Os papais ainda estão se acostumando com a presença dela... e com a minha também, que já to marcando nova visita! Vamos, Roberta, repetir a dose?


E, como não podia faltar.... à mais nova família (sem a Valentina era só uma casal), bênçãos infinitas de Deus e sabedoria pra criar essa preciosidade no caminho da verdade.

segunda-feira, julho 21, 2014

Dia do amigo

Ta, eu sei que passou. O Dia do Amigo acabou meia hora atrás, mas quem liga? Eu não, é claro.
Primeiro porque não ligo pra essas convenções. Sou assim e pronto. Depois, porque to de férias, fora do estado e do país e, embora não tenha diferença no fuso horário, faz de conta que o tempo conta.
Confuso? Certo, também achei, então, esqueçamos isso.
Só uma coisa importa. Ontem foi o dia de todas as relações mais importantes do mundo. Dia daquelas relações que não terminam, que mais amamos depois dos nossos pais, que damos mais importância consciente do que ao ar.
Ontem foi o dia de muitas pessoas na minha vida. Da minha mãe especialmente. Do meu pai e do meu Devan, os dois homens amigos mais lindos do mundo.
Ontem foi dia do Marcelo e da Ju, das Lulutosas (o grupo mais charmoso fo whatsapp, com as amigas mais chegadas de toda a face da terra), da Emlly (minha mais recente amiga de infância), da Angela (a querida francesa), do Júnior e da Lohana, da Mary, do Alexandre Rocha, da Gigi, da Cíntia (a eterna cinegrafista), da Andressa (a professora da disciplina "Polícia pra TV"), do Jorge (o "cara" que sabe mais de mim do que eu mesma), da Pauline e do Lelin....
Ontem também foi o dia da minha saudosa irmã Mônica (que me faz sofrer sua falta todos os dias, sem exceção), da outra, a Aline (que ta longe, mas que eu amo igual).......
Ontem foi o dia específico, mas isso é um mero detalhe. Amo tanto estes e outros tantos, que uma data é completamente desnecessária.
Alguém duvida?

segunda-feira, agosto 12, 2013

Vovoginha!!!




É aniversário dela hoje! Da minha vovoginha linda!
Comecei o dia 12 de agosto desejando um bom dia especial e um feliz aniversário pra ela na rádio, pra todo mundo ouvir.
Aqui, é só pra completar. Pra marcar. Pra reiterar.
Pra completar a homenagem. Pra marcar, de novo, a data. Pra reiterar o quando eu e todos os outros netos amamos você.
Não é clichê dizer que oramos todos os dias para que Deus derrame bençãos infinitas sobre a sua vida, que a mantenha firme e com força para nos abençoar todos os dias. E que Ele nos faça convencê-la de que, assim como viu o nascimento dos netos, o crescimento de todos, a formatura de cada um, a conquista do emprego de todos, os casamentos que já aconteceram, conduziu o Devan ao altar e mais um montão de coisas, vai presenciar a Mônica saudável e recuperada logo logo, vai ver bisneto, vai ter família reunida em volta da sua mesa e mais diversas vontades do Pai para a sua existência. Confie! É promessa!
Amamos você! Parabéns por mais um ano de vida...

domingo, agosto 11, 2013

Dia do meu pai

Dizem que é Dia dos Pais, mas pra cada um, o que importa mesmo é o próprio pai. No máximo, o avô ou o pai do marido, da amiga.... aquele pai que a gente acaba pegando emprestado.
No meu caso, o meu é pai de muita gente. Não, não to falando de Deus, porque Ele é o pai da minha vida e não precisa de um dia pra ser lembrado, Ele jamais é esquecido. To falando do meu pai querido, amado. Meu pai, meu herói, meu pastor. Meu líder, meu espelho. Meu exemplo. Meu porto seguro. "Meu chão", dizia pros amigos, quando estava longe dele.
E, com certeza absoluta, é exatamente assim que a Mônica e a Aline o veem também.
O nosso pai é quem cuida, quem zela, que nos entrega, todos os dias, a Deus, o único que pode nos guardar. O nosso pai é quem não esquece de nós nunca, quem sofre com nossos erros, se orgulha dos nossos acertos, vibra com cada conquista, fica feliz quando estamos felizes.
É o nosso paizão. 
De quem nós não nos esquecemos. 
De quem nós nos orgulhamos. 
É para quem oramos todos os dias. Pra quem pedimos bençãos. Com quem oramos, mesmo não estando longe, para que Deus atenda suas orações e súplicas. Em quem confiamos.
Ele tem a maior fé que nós já vimos na vida. Não fraqueja, testifica.
Ele dá a vida. Não só o calçado. Ou o agasalho. Ou corpo ou a alma. A vida inteira. Toda. Sem tirar nada.
No Dia dos Pais é até redundante escrever e dizer, porque vivemos, presenciamos. Dizer ou escrever é desnecessário.


quarta-feira, outubro 28, 2009

O melhor de todos

Sim, ele é o melhor de todos. Um dos mais especiais, pelo menos. E eu sei bem o que to dizendo.
Depois de vários tempos sem que eu fosse a Brasília, ele deu o ar de sua graça na minha querida cidade. Sim, ele veio. Não pra me ver, confesso... mas veio. Ontem eu consegui vê-lo. E foi tão importante pra mim...
Foi importante porque foi especial. Foram momentos únicos. Momentos em que nos dedicamos a falar do passado. Momentos em que nos dedicamos a lembranças, a gargalhadas, a nostalgia.
Ele estava feliz como a Sammy, como há muito eu não via. E a felicidade dele faz a minha felicidade.
E vê-lo foi uma das melhores coisas que me aconteceram ultimamente. Depois do Devan, claro.
O Wilson é mais que especial. O Wilson é daqueles amigos que ultrapassam a categoria de amigos e chegam à de irmão. É. É este posto que ele ocupa na minha vida.
Foram anos de convivência, de desabafos, de telefonemas, lanches e almoços, passeios de carro e de viatura - camuflada ou não, ocorrências, tiros, rapel e um monte de coisas mais.
Depois que eu voltei pro Rio, ele ficou. E entre nós, ficou a amizade, o carinho, a cumplicidade, o companheirismo. E uma saudade imensa!

Wilson, nosso encontro de ontem foi ótimo. Pena que acabou... até nosso "sono", flagrado pela Thais enquanto a Sammy contava histórias sobre o encontro de vocês no aeroporto foi ótimo. As fotos traduzem isso tudo.
Adorei vê-lo aqui, no meu território, com a Sammy, sendo feliz e fazendo essa moça tão especial, feliz também.
Logo você volta pro cerrado. E é logo mesmo... amanhã, precisamente. Eu vou ficar aqui, com saudade e feliz por te ver tão bem. Com saudade, feliz e orando para que o nosso Deus mantenha você o mesmo, para sempre.

segunda-feira, outubro 05, 2009

Pra Mary

Menos de um ano de convivência e uma cumplicidade que eu nunca imaginei que fosse ter com alguém. É exatamente assim que sinto em relação à amizade que tenho com a Mary. Já faz um tempo que ela deixou de ser somente a "minha fotógrafa", como sempre digo, e passou a ser minha amiga, confidente.
Maluquinha com um jeito só dela. Divertida como poucas. Juntas, nós somos uma dupla perfeita. Na amizade, nas piadas, no carisma, nas gargalhadas, na simpatia... e, sinceramente, não preciso usar um discurso diferente desse. Sou assim mesmo e meus três leitores sabem.
Agora à tarde, porém, um fato colocou lágrimas nos olhos da Mary. Da minha querida Mary.
E ela, sem aquele sorriso no rosto, me deixa também sem sorriso no rosto. E com lágrimas nos olhos, eu lhes asseguro.
Querida amiga-irmã - é assim que me sinto - sei que está doendo muito e nada do que eu colocar aqui vai diminuir isso. E nem é a intenção. Só quero que saiba que estamos aqui, sofrendo com você, orando também, para que Deus transforme, o mais breve possível, essa dor em saudade.
Amo você. Muito.
To aqui, pro que precisar, sempre, e esperando pelo seu sorriso de volta.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Policial-amigo ferido

O Cleiber é um amigão. Soldado da PM, serve lá no 8º Batalhão da Ceilândia, a maior cidade satélite do Distrito Federal, e uma localidade onde o trabalho da PM é um dos que têm mais destaque, por ser uma cidade grande e, conseqüentemente, com um dos maiores índices de criminalidade.
Ele faz parte de uma das equipes que eu acompanhava nos tempos áureos de repórter policial em Brasília e um dos quais eu sinto muita saudade. Saudade não só das ocorrências, das matérias, das entrevistas, mas das gargalhadas de madrugada, das noites insones esperando alguma coisa acontecer, dos telefonemas pra contar as novidades da área, dos lanches d.e R$1,99 às 4 da manhã... essas coisas que a gente vive com pessoas especiais.
Ontem à noite, lá pelas 9h, ele estava no Guará, uma cidade satélite do Distrito Federal, de folga, quando presenciou um assalto a um mercado. Bom, ele se 'irritou' com os caras e deu alteração...
O resultado, foi ele ferido com um tiro e um bandido preso (ferido também, diga-se de passagem).
O Cleiber ta bem. Graças a Deus. O vagabundo ta internado ainda, mas deve ter alta ainda hoje e logo vai lá pra 4ª DP assinar o flagrante... otário.
Os detalhes da ocorrência estão no site da PMDF, numa matéria que, segundo o Cleiber, o P5 errou um pouco nos detalhes, mas em suma, ta tudo lá.
Cleiber, é isso aí, meu irmão. Você seguiu exatamente aquilo que nos ensinou... fico feliz por você estar bem.
Um beijo grandão...

quarta-feira, novembro 05, 2008

quinta-feira, julho 10, 2008

Andressa

Prometi que a Andressa iria figurar o segundo post de 'cada um dos meus', logo depois da estréia com o Jorge, mas acabei demorando muito e ela ficou pro terceiro. Ainda bem que isso não vem ao caso. A gente tem muito mais história do que isso!
Meu primeiro encontro pessoal com ela foi cheio de s e de frase do tipo: "Não, reportagem de rua não. Ainda mais com polícia", "Eu venho do Rio. Na minha terra, polícia se confunde um pouco com bandido" e coisas do gênero.
E neste primeiro contato ela disse que eu tinha perfil pra fazer rua. E, como em tudo o que vi a partir daí e pelos quase cinco anos seguintes, ela tomou isso por verdade absoluta. E pronto. Se dedicou e, três meses depois, tava eu na rua, apaixonada pela arte de fazer jornalismo policial e dando um dedo pra não largar aquilo mais nunca.
Os meus três leitores sabem que eu fui sozinha pra Brasília, que larguei aqui pai, mãe, cama e travesseiro e fui desbravar o cerrado. O que algumas pessoas sabem - e a este grupo não se incluem todos o meus três leitores - é que eu, quando cheguei lá, achei que tivesse escolhido a morte. Sim, pensava que tinha ido morrer lá. Pra retardar um pouco o meu encontro com o outro lado da vida, eu preferi ocupar a minha mente: trabalhava dia e noite e, quando não agüentava mais ficar de pé, deitava pra dormir no escritório do Barra Pesada. Sim, era praticamente trabalho escravo - voluntário, obviamente.
Ao meu tempo de trabalho, invariavelmente incluía Andressa.
Primeiro porque ela estava me ensinando tudo nos meus primeiros passos jornalísticos policiais, depois porque ela tinha que evitar que eu cometesse gafes por não conhecer o DF. Ah, sem falar que a minha companhia é sempre muito agradável e ela não queria fica longe de mim um minuto sequer! Até quando eu me deitava pra dormir, ela ficava ao lado, velando o meu sono... (muitos risos).
E essa proximidade me fez criar uma explicação a respeito da Andressa (e de uma outra pessoa, que com o passar do tempo abdicou ao posto) e eu sempre falava exatamente isso, pra quem me perguntava qual a minha relação com ela: "A Andressa é a minha rocha em Brasília. No Rio eu tenho pai, mãe, irmãs e a Tathy. Aqui eu tenho a Andressa". E era exatamente isso, pra mim. Eu tinha deixado no Rio as pessoas que eu mais amava na vida e fiz uma grande amiga lá, longe de tudo.
A Andressa era conversa a qualquer momento, era amiga pra qualquer evento, companhia pra todo tipo de situação, gargalhada pra todas as piadas e vivia me vendo chorar. Eita... com absoluta certeza ela foi a pessoa que mais me viu chorar em cinco anos.
Durante o tempo em que trabalhamos juntas, fomos muito mais que produtora-repórter. Fomos amigas, irmãs, cúmplices (e bota cúmplices naquilo!) e mãe uma da outra.
Foi intenso. Foi sincero. Foi puro.
Cada briga - e tinha muuuuiiita... -, cada riso, cada gargalhada, cada mico, cada tiro, cada preso, cada entrevista, cada situação de stress, cada delegado gato, cada polícia bonito, cada fardado marrento, cada cada momento... tudo foi perfeito. E tudo mesmo. Os riscos que eu corria morando na Ceilândia - nem malhar lá eu podia, porque segundo ela ia estar na esteira e só ia ver o cano da pistola apontando pra minha testa -, as chateações que eu passava com conhecidos do meu pai, os aborrecimentos com os quais eu estava aprendendo a lidar... enfim. Tudo valeu a pena. E valeu mesmo.
Valeu tanto que, hoje, já longe do cerrado há dois anos, já com outra vida, vivendo realidade completamente diferente, dá vontade de voltar. E de voltar correndo.
Aliás, é muito mais que isso: dá vontade de voltar no tempo. E fazer tudo de novo. Igualzinho. Sem mudar nem uma vírgula!
P.S.: Talvez eu fizesse algumas coisas além das que fiz... eheheh... mas isso não influenciaria em nada do que eu relatei aí em cima!

sexta-feira, julho 04, 2008

Aloysio

O Aloysio é um cara especial. Ele me conquistou na primeira vez que falou comigo, numa madrugada fria, no pátio da 15ª Delegacia lá da Ceilândia.
Eu tava fazendo uma matéria de uma grande apreensão de merla pelos policiais militares do 8º Batalhão da cidade. Era latinha de merla que não acabava mais....
Daí ele parou o carro, desceu e veio falar comigo.
Se apresentou como um fã. Sim... disse ele que me via sempre na TV e que gostava do meu trabalho, do meu jeito de falar... essas coisas. Conversamos pra caramba! Ele acompanhou a minha equipe até o final da matéria. Assistiu as entrevistas com o Valmir Lima (sim, o Valmir era o sargento que estava conduzindo a ocorrência na DP) e com os dois acusados, a captação de imagens e as minhas caretas cada vez que errava na gravação da passagem.
Ao final, me deu um cartão de visitas, pegou um meu e daí a gente não se separou mais.
Ficamos amigos, namoramos e depois de pouco mais de um ano da noite da Ceilândia, a gente não se viu mais.
Ele chegou a acompanhar todo o processo de negociação entre mim e a TV Bandeirantes, mas não tínhamos mais contato quando eu estreei o programa.
Às vésperas da minha volta - pra SP - eu virei o Distrito Federal de pernas para o ar na tentativa de encontrá-lo, mas não consegui. Coloquei a PM inteira atrás dele, investigadores da Polícia Civil, detetives da Polícia Federal... mas não encontrei nem sinal dele.
Uns oito meses atrás, procurando pessoas no orkut, eu encontrei o nome dele. Num perfil sem foto, infelizmente, mas com dados que pareciam com ele - local de nascimento, idade, filhos... essas coisas. Deixei um recado e já tinha até me esquecido quando ele me respondeu.
Sim, era ele mesmo.
Nos falamos algumas vezes, mas o acesso dele à internet não era - farto - como o meu.
Um mês atrás, eis que me surpreendo com um convite no meu msn. Aloysio!
Ele está de volta....
O cara especial, possivelmente o único com quem eu me envolvi emocionalmente em Brasília.
Muito mais que especial, eu poderia dizer.
Ta aqui. Registrado.
Sobre recomeçar a vida no Rio, em SP, em Goiás, em Cuiabá, em Floripa ou na Europa... bem, vamos deixar isso pra outro post!

segunda-feira, junho 23, 2008

Anderson e Lílian...

Amigos queridos...
Companhia constante ultimamente...
Sempre agradáveis...

quarta-feira, março 19, 2008

Com vocês... o Jorge!

Eu estava em Brasília havia apenas duas semanas e fui fazer uma matéria de um curso que estava acontecendo no campo de treinamento do Bope. Ta, que eu não me lembro exatamente de que era o curso, mas vale a informação, já que eu citei o local... ah, e me lembro também que no curso, os alunos trabalhavam em dupla, um dava cobertura ao outro até que um deles tirava contra um alvo (caraca! Quero só ver se alguém vai conseguir saber que curso era aquele, com essas informações tão precisas....).
Continuando... o Jorge não era aluno, mas como todo bom policial, arrumou um tempinho e veio ao campo, na parte de trás do prédio do Patamo (hum... será que é isso mesmo?), ver qualera a do curso. Veio acompanhado do maluco do C. Júnior (personalidade que eu SE recuso a descrever) e a primeira pessoa que encontrou foi eu. Paisana, com um bloquinho na mão, dando instruções inaudíveis pro Jorge Brum (o cinegrafista que tava comigo naquele sábado e não tava escutando nada porque tava no meio da zorra lá longe) e tentando entender o que tava acontecendo de verdade.
Curioso, ele sentou-se ao meu lado, acompanhado do C. Júnior e logo logo começamos a conversar. Foi uma conversa muito promissora..... (quem viu a matéria na segunda-feira seguinte se perguntou como foi que eu consegui apurar tantos dados técnicos importantes do curso e eu nunca tinha confessado que a minha fonte fora o Jorge, até ontem), mas terminou logo. E eu passei uns bons meses sem vê-los (ao Jorge e ao C. Júnior).
A segunda ocasião, que serviu pra gente selar de vez a amizade que perdura até hoje foi uma ocorrência da equipe de Patamo do Jorge. Ele era o patrulheiro da guarnição do ‘zero um’, na ocasião o aspirante a oficial Panisset (cara que vai ganhar um post também aqui no “Cada um dos meus”). Era uma ocorrência de prisão de quatro caras por furto, roubo, adulteração de sinais identificadores de veículos e tráfico de drogas. Era “a ocorrência”. Foi na Ceilândia e a partir daquele dia, ninguém mais via aquela equipe de Patamo trabalhando uma noite inteira sem que a minha equipe de TV passasse por ela.
Tivemos situações divertidíssimas. Uma delas foi quando o Jorge passou mal em plena noite de trabalho na cidade de Planaltina. Quando eu cheguei em P16, a Delegacia que tava registrando a ocorrência que eles tinham feito, recebi a notícia de que a equipe toda tinha ido pro hospital com o Jorge. Foram exatos dois minutos pra eu chegar lá. Até aí, tudo bem. O negócio só perigou quando eu avistei, à porta de um quarto, bem no corredor, dois policiais da equipe do J., fardados, de braços cruzados, mantendo guarda. Não entendi bem... pelo menos até chegar perto e ter a visão daqueles banquinhos que ficam exatamente à frente das portas dos quartos. Solenemente colocadas nos bancos, havia umas oito garotas. Sim, sem exagero. Umas oito. Todas elas olhavam insistentemente pros meninos à porta e, assim que cheguei, uma delas dirigiu-se ao Sampaio (um dos caras da porta) e perguntou: “Quando é que ele vai poder falar comigo?”. Antes que o Sampaio pudesse responder, eu me meti: “Falar o que com você? Você é vítima ou autora de algum crime?”. A garota me olhou com aquele olhar de auem-essa-garota-pensa-que-é?, e respondeu: “Não, não sou vítima. Sou uma fã e quero o número do telefone dele”. Ah....... quem conhece o ciúme crônico que eu tenho dos meus amigos pode imaginar qual foi a minha reação. Mais ou menos foi isso o que eu disse pra garota (disse pra ela, pra que todas as outras ouvissem, até porque eu sabia que a intenção das outras sete também era flertar com os policiais de preto, MEUS amigos): “Olha aqui, garota! O Jorge é um cara casado. Acho bom, acho muito bom você caçar logo o rumo de casa ou de qualquer outro lugar e deixar de ser oferecida. Não dá conta de ver um homem fardado que já quer o telefone dele? Cria vergonha nessa sua cara”.... e mais outros pequenos desaforos. A menina não disse “eu tenho uma boca”. Levantou-se e dirigiu-se à saída, seguida por duas ou três das outras sete. Eu ainda a ouvi dizer: “Hum... quem essa reporterzinha de araque pensa que é? A esposa dele? Ou a esposa deles todos?”. E eu não dei conta – de novo – de segurar a minha língua quieta dentro da boca e respondi alto: “Nem esposa nem namorada, sou uma amiga ciumenta que eles têm. E se você quiser ver o quanto eu fico brava quando alguma desocupada se mete a besta com os meus amigos policiais, eu vou lá fora e te mostro”.
Gente..... até hoje eu juro que nunca mais falei isso com nenhuma outra desocupada que se meteu a besta com nenhum outro dos meus amigos policiais. E nunca me esqueci dessa minha fala porque sempre que falo com o Jorge a gente relembra desse fato. Acreditam que ele tava daquele jeito.... afinal de contas, nunca se sabe. De nada.
Muitas outras histórias se seguiram a essa. Muitas mesmo. Tiroteios, festas, molocotôs, coca-cola de madrugada na porta do quartel, pizzas (ele é um tremendo pizzaiolo), panquecas, mousses de maracujá, milhares de torpedos SMSs implorando conselhos amorosos, conversas, aniversários, família dele reunida comigo, Laiane e Yan (os dois filhos lindos dele e da Lu)..... enfim. Se eu ficasse aqui, todo o conteúdo deste brog seria pouco pra guardar tanta informação e tanto carinho que tenho por este cara.
Agradeço a Deus por existir! Jorge, Lu e Cia. Ltda... amo vocês e sinto uma saudade indescritível!!!!!


segunda-feira, março 17, 2008

Pra começo de conversa

Esta minha mais nova idéia vai servir pra apresentar aos meus três leitores – e a quem mais interessar possa – os maiores amigos que alguém pode ter na vida: os meus. Em “Cada um dos meus”, vou, em cada post, falar sobre um amigo específico. Alguns, sobre como os conheci e como foi a relação que tivemos. Outros, como mantivemos a amizade. Outros, o que fazíamos.
Eu não sou uma pessoa que já rodou muito por este mundo, mas tenho um pouquinho de amigos espalhados em cada canto do país – e até em certos cantos do mundo... eheh – e ando sentindo saudades de vários deles, por isso hoje me veio esta súbita idéia: de relembrar cada um deles, suas características principais, enfim.... vou tentar descrevê-los, pelo menos da forma como eu os via. São pessoas de Brasília (por que será?...), do Rio, de São Paulo, de Curitiba, da Bahia, dos Rio Grandes, da Eslováquia, da Itália, da Noruega, da Suíça, da Uganda.... e de mais um monte de lugar!
Ninguém melhor pra inaugurar o marcador que o meu querido Jorge. Sim, o Jorge. O mesmo do post “O Jorjão é mal”, colocado aqui já há algum tempo.
E é bom que eu já ressalte que, para alguns, o marcador “Cada um dos meus” virá seguido de outros como “Memórias”....