Sei que é clichê, mas sempre uso a frase: "na nossa vida, pessoas vão e pessoas vêm". É claro que, por mais clichê que seja, se encaixa, em algum momento, na vida de todo mundo, porque, de fato, gente chega e gente se vai. Alguns se vão e a gente nem se lembra mais, dois meses depois. Outros demoram um pouco mais pra serem esquecidos. Há os que deixam nossa memória no instante exato em que se ausentam.
E em meio a tanta gente que se vai, tem aquelas pessoas que simplesmente se vão, mas não se vão. Confuso? É, eu também acho. Mas explico.
Comigo está acontecendo exatamente isso. As circunstâncias estão levando pra longe o casal de melhores amigos, padrinhos e afilhados. Essa semana, meu querido Marcelo e a Ju estão deixando Resende e indo para Curitiba, cidade dos pais dela. E a primeira palavra que me vem à mente é "estranho". Porque, primeiro, é estranho. É estranho o fato de que eles não vão estar perto. É estranho imaginar que não vai dar pra sair de casa, almoçar com eles e voltar no fim da tarde. É estranho o fato de que só vamos "ver" o Marcelinho, pelo menos no começo, por fotos. É estranho pensar que não vai dar pra participar, de perto, dos próximos acontecimentos importantes na vida deles, na família. Enfim, é estranho. Tudo ainda está estranho. Pode ser que mude, mas por enquanto, é estranho.
E tem o fato de que neste caso, especificamente, o "pessoas vêm e pessoas vão" não é exatamente assim. Porque vai ser diferente. Não há como eles "irem". Simples assim. Eles vão, mas não vão.
Não tem como ser assim.
E não tem como porque o amor que nos une é muito grande. A amizade é daquelas que resiste ao tempo. A união é como de família. A relação é como de irmãos. Os momentos juntos são sempre perfeitos, cheios de cumplicidade, de troca.
E agora, será será assim nas oportunidades que Deus nos proporcionar. Pelo menos pessoalmente. E, mesmo crendo que Deus é fiel e nos ama, o primeiro encontro deve demorar um pouquinho. Com essa quantidade de bebês, vai ser complicado pelo menos nos próximos dois anos. Mas Deus sabe exatamente o que faz, tem planos sobre os quais nada sabemos e sequer podemos sondar. E Ele sabe de todas as coisas.
O fato é que Marcelo, Ju e Marcelinho estão indo embora. E nos deixando. Já com saudade, claro.
Melhor para a conformidade é o fato de a tecnologia já ser presente aqui e lá e a gente vai conseguir levar a vida distante via whatsapp, telefone, internet e tudo o mais que surgir.
Por enquanto, só me resta torna público aqui todo o carinho que tenho por este casal. Como dizem por aí, é muito amor envolvido. Amor mesmo, fraternal. Amor de gente que esteve perto nos momentos mais difíceis da minha vida e nos mais felizes. Amor de amigo que participou de cada conquista e comemorou junto, chorou junto, sorriu e ficou feliz junto.
Tenho absoluta certeza de que o meu Deus, o nosso Deus, o autor e consumador da nossa fé vai estar com os dois nessa nova fase que, de nova não tem nada. É apenas outro recomeço, entre amigos, em família e, mais importante, com o Pai à frente, guiando cada decisão, mostrando cada trilha e amparando cada queda.
Marcelo e Ju, amo vocês como amo a minha família. E estou em oração para que Deus cumpra os planos dEle e faça de vocês dois cada vez mais, um. Sempre. Por todo o sempre. Enquanto estivermos nesta terra.
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