Só que eu não sou dessas. E agora, que falta bem pouquinho (mesmo) pra Aurora estar aqui a gente, decidi que era hora, sim, de tocar no assunto.
Desde antes da minha gravidez, sempre tive muito medo de tudo o que envolve a gestação. Engordar muito, controlar a pressão, o açúcar no sangue, o consumo de calorias vazias, os vasinhos que surgiriam nas pernas e na barriga, estrias, pressão alta, parto, dores, anestesia, pontos, recuperação, primeiro banho pós cirurgia, alta, escadas, cuidados com o bebê, perda de peso, amamentação... E se eu ficar aqui citando, não termino este texto. O fato é que eu sempre tive medo. E quando engravidei, somei aos meus medos anteriores, o de " como lidar com visitas na maternidade e nos primeiros dias de vida do bebê".
E com este medo novo, fiz o que sempre faço em situações que me trazem dúvidas: conversar com amigos que já passaram por algo parecido - no caso, o parto - e procurar opiniões de especialistas. Conversei então com meu obstetra, minhas amigas, mães há muito tempo, outras mais recentes, sites e blogs que falam da rotina de ser mãe, da gravidez....
E foi praticamente opinião unânime. Tanto das amigas, quanto das conhecidas. Assim como daquelas pessoas que eu nunca vi, do médico e de especialistas que escrevem por aí.
A dica principal e unânime que eu recebi foi: " peça aos seus amigos, com os quais tem mais afinidade, que deixem pra ir ver o bebê na sua casa. A maternidade não é o local mais indicado". E, pensando sobre isso, me lembrei das vezes em que dei uma 'passadinha' na maternidade, pra dar um oi a amigas que tinham acabado de parir. E, nesses pensamentos, de fato, me lembrei do quanto minhas amigas visitadas estavam prostradas. Nenhuma delas me falou um oi sequer. Acho que em todas as minhas visitas à maternidade, era o primeiro parto e, em todas, as novas mães estavam apreensivas com anestesia e amamentação. Concluí, então, que o hospital não é o melhor lugar pra receber visitas. Às amigas que visitei, minhas sinceras desculpas. Por favor, só levem em conta a visita seguinte, feita, com certeza, após alguns dias do nascimento do bebê.
Sim, porque se fui, digamos, inconveniente com a visita à amiga mãe na maternidade, nunca fui após a alta. Minhas visitas ao bebê sempre foram minimamente planejadas e jamais fiz antes de 15 dias de nascido. E diante do que ouvi das pessoas com as quais conversei, é tempo suficiente pras coisas estarem nos eixos: bebê mamando sem estresse, mãe um pouco mais acostumada à nova situação....
E esta postagem é exatamente pra isso: pedir aos meus queridos amigos que me deixem passar -sozinha - pelas turbulências dos primeiros dias em casa, tentando amamentar, procurando sentido pra cada choro ou resmungo, aprendendo a dividir meu tempo entre mamadas, banhos meus e da Aurora, pratos de comida....
E, como não sou cheia de mimimi, já adianto que as lembrancinhas pra que, vier são perfeitas e, mais importante que isso, vou A-M-A-R cada visita, cada sorriso, cada preocupação.
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